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Cientistas criam anticorpo que vence coronavírus em laboratório

Getty Images
Imagem: Getty Images

Tim Loh

04/05/2020 16h57

Cientistas criaram um anticorpo monoclonal que pode eliminar o novo coronavírus em laboratório, um passo inicial, mas promissor para encontrar tratamentos e conter a propagação da pandemia.

O anticorpo experimental pode ajudar a prevenir ou tratar a covid-19 e doenças relacionadas, isoladamente ou com uma combinação de medicamentos, segundo estudo publicado hoje na revista Nature Communications. São necessárias mais pesquisas para verificar se os resultados são confirmados em ambiente clínico, escreveram Berend-Jan Bosch e colegas da Universidade de Utrecht, nos Países Baixos.

O anticorpo conhecido como 47D11 tem como alvo a chamada proteína "spike", que dá ao novo coronavírus a forma de coroa e permite que ele penetre nas células humanas. Nos experimentos da Universidade de Utrecht, o anticorpo não apenas eliminou o vírus responsável pela covid-19, mas também um primo equipado com proteínas spike semelhantes e que causa a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês).

Os anticorpos monoclonais provocaram uma revolução no tratamento do câncer: medicamentos como Keytruda, da Merck, e Herceptin, da Roche, estão entre os mais vendidos do mundo. O popular tratamento contra inflamações Humira, da AbbVie, também faz parte da família de anticorpos monoclonais.

"Anticorpos monoclonais direcionados a locais vulneráveis nas proteínas de superfície viral são cada vez mais reconhecidos como uma classe promissora de medicamentos contra doenças infecciosas e têm demonstrado eficácia terapêutica para vários vírus", escreveram Bosch e colegas.

Duas dessas terapias de anticorpos são promissoras contra o ebola. Empresas como a Regeneron Pharmaceuticals também desenvolvem possíveis tratamentos de anticorpos contra o coronavírus.