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Vacina dos EUA contra covid-19 será testada em 30 mil voluntários em julho

A empresa de biotecnologia recebeu US$ 483 milhões do governo dos EUA - Getty Images
A empresa de biotecnologia recebeu US$ 483 milhões do governo dos EUA Imagem: Getty Images

Da AFP, em Washington

11/06/2020 13h52

A vacina experimental contra a covid-19 da empresa de biotecnologia americana Moderna, cofinanciada pelo governo dos Estados Unidos, entrará na terceira e última fase de ensaios clínicos em julho com 30.000 voluntários, anunciou a empresa hoje.

Se trata da fase decisiva dos ensaios, que permitirá ver, em uma grande amostra de pessoas saudáveis, se a vacina é mais eficaz do que um placebo para prevenir a infecção pelo coronavírus.

O protocolo com a Agência de Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) e o ensaio serão realizados em colaboração com os Institutos Nacionais de Saúde (NIH).

Moderna está — juntamente com a Universidade de Oxford, que também lançou um ensaio em grande escala com 10.000 voluntários e aguarda os primeiros resultados em setembro — na linha de frente da corrida mundial de vacinas.

A empresa de biotecnologia recebeu US$ 483 milhões (aproximadamente RS 2,4 bilhões) do governo dos EUA.

Em 18 de maio, anunciou os primeiros resultados encorajadores com um pequeno número de voluntários (oito), como parte da primeira fase de ensaios clínicos.

A fase 2, que inclui 600 voluntários, começou no final de maio. A vacinação será feita em duas doses separadas por 28 dias. Metade dos participantes receberá um placebo aleatoriamente.

Se a dose escolhida para os testes (100 microgramas) demonstrar eficácia, a Moderna planeja produzir 500 milhões de doses por ano e "possivelmente até 1 bilhão".

A empresa é uma das cinco nas quais o governo de Trump apostou devido à sua operação "Warp Speed" (na velocidade da luz), segundo o New York Times, junto à AstraZeneca (parceira industrial de vacina de Oxford), Johnson & Johnson, Merck e Pfizer.

O objetivo é fabricar 300 milhões de doses de vacinas para janeiro de 2021.

A tecnologia da Moderna, baseada no RNA mensageiro, nunca demonstrou ser efetiva contra outros vírus. Seu objetivo é proporcionar ao corpo a informação genética necessária para propiciar preventivamente a proteção contra o coronavírus.