7 dúvidas frequentes que as mulheres têm sobre o câncer de mama
A conscientização sobre o câncer de mama é importante e deve sempre ser lembrada, uma vez que a estimativa é que apareçam 60 mil novos casos por ano em mulheres cada vez mais jovens, de acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer). Os principais sintomas são os nódulos endurecidos, secreção, gânglios aumentados na região das axilas, além de alterações na pele e nos mamilos.
Quanto antes o diagnóstico for dado, maior a chance de cura. Segundo o Instituto, quando descoberto no início, há 95% de probabilidade de recuperação total. Para esclarecer e ajudar no entendimento da doença e suas complicações, o coordenador do Centro de Cirurgia Mamária do Hospital Moriah, Alexandre Munhoz, e a ginecologista-obstetra e mastologista, Cláudia Aldrighi, respondem a perguntas que eles próprios receberam de pacientes que atenderam. Veja as respostas abaixo:
Dúvidas frequentes
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Posso ter câncer mesmo se não sentir nada no autoexame?
O Inca mostra que 66% das mulheres diagnosticadas descobriram a doença através do autoexame, 30% em exames de rotina ? mamografia e ultrassom, 6% no consultório médico. Geralmente o câncer só aparece no autoexame quando está com 2 cm a 3 cm, dependendo do volume da mama. Então, com certeza é um ato importante e tem bastante valor para quem não vai ao médico com regularidade, mas é possível que não dê uma resposta precisa se o câncer for muito pequeno.
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Posso fazer mamografia independente da minha idade?
A Sociedade Brasileira de Mastologia diz que a partir dos 40 anos a mamografia deve ser feita anualmente. Após 40 anos a mama é mais gordura e se faz mamografia e, antes dos 40 é feito o ultrassom, pois a mama é mais glandular. Além disso, mulheres com histórico familiar - mãe, avó, irmã - devem iniciar o segmento mamário, inclusive com mamografia, 10 anos antes da parente de primeiro grau diagnosticada com a doença.
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Tem idade para ter câncer de mama?
De cinco mulheres com câncer de mama, quatro estão acima dos 50 anos. Existe também a possibilidade, devido a mutações genéticas, de ocorrer em mulheres cada vez mais jovens, em torno de 35 anos. Resumindo, a idade é considerada um fator de risco.
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Por que o câncer de mama ocorre com mais frequência em mulheres?
Ele afeta cerca de 25% das mulheres em todo o mundo. A mulher tem este órgão mais desenvolvido se comparado com o homem. O estrogênio estimula o tecido mamário, por isso a mulher tem mais chance de desenvolver a doença. Já o homem tem de 50 a 100% menos chance de desenvolver o câncer de mama, se comparado com as mulheres, a categoria corresponde 1% dos casos.
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Mães que estão amamentando podem fazer mamografia?
Sim. A radiação do raio X não faz mal a criança e não deixa resíduos no leite. A mama está muito densa nessa fase e o leite funciona como um ?obstáculo? para o exame. O ideal é amamentar primeiro para depois fazer o exame, assim o resultado será mais preciso, com maior percepção.
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Quanto tempo pode durar o tratamento de quimioterapia?
Geralmente, os ciclos de quimioterapia têm intervalos de 21 e 30 dias com 5 sessões em média. Dura cerca de 5 a 6 meses. O intervalo entre as sessões é necessário, pois as células de proliferação e as normais recebem igualmente doses do medicamento, então as células não afetadas pela doença precisam desse intervalo para que haja uma reconstituição do indivíduo e das células para retomar a quimioterapia.
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Posso ter câncer de novo mesmo após retirada da mama e quimioterapia?
Sim. A cirurgia conservadora com radioterapia diminui até 30% esse risco mas não anula a possibilidade de a doença regressar. Na cirurgia que retira toda a mama o risco é menor, mas a chance de reincidência não é nula. A quimioterapia pode ser feita antes ou depois da cirurgia como parte do tratamento do câncer de mama. É feita sempre em casos de doença sistêmica ( metástases) e há pacientes com câncer de mama que não precisarão de quimioterapia. Dependendo da resposta da quimio podemos dizer que a paciente está controlada ou curada, mas não podemos dizer que é para sempre.
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