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Dinheiro: 7 dicas para lidar com esse tema espinhoso no início do namoro

briga dinheiro, casal, economia, finanças, orçamento - Getty Images/iStockphoto
briga dinheiro, casal, economia, finanças, orçamento Imagem: Getty Images/iStockphoto

Heloísa Noronha

Colaboração para Universa

15/12/2018 04h00

Com harmonia financeira, muitos relacionamentos fluem melhor. Por isso, mesmo no começo do namoro, o assunto "dinheiro" precisa se tornar alvo de conversa e planejamento.

Essa atitude faz com que a relação se torne mais equilibrada e pode ajudar a evitar crises. Veja sugestões para trazer o tema à tona sem chatice ou cobrança:

Não simule um padrão de vida que não você não tem

É normal querer impressionar o par no começo do relacionamento, propondo passeios a lugares da moda e vestindo roupas bacanas, só para citar alguns exemplos. Porém, faça isso dentro dos limites da sua situação financeira. Fingir ter uma grana que não tem, mesmo que por um período de tempo curto, pode provocar um rombo na sua conta corrente. E, quando a verdade vier à tona, você pode passar uma imagem de superficial ou fútil. O comportamento diante das situações do dia a dia costuma revelar sua verdadeira relação com o dinheiro.

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As atitudes no restaurante são um bom termômetro 

Mesmo que vocês dividam a conta, os jantares românticos abrem uma boa brecha para observar a relação do par com a grana. Comentários inocentes como "esse lugar é meio carinho, mas vale a pena" podem render respostas reveladoras. Exemplos? "Verdade, não dá pra vir sempre" é a típica frase que expressa pés bem fincados no chão. Já "dinheiro serve é para gastar, certo?" sinaliza um perfil mais esbanjador e ligado à ostentação, típico de quem precisa se autoafirmar ou cultivar o status. Quem é pão-duro, por sua vez, desmerece tudo e todos, inclusive a si mesmo, e não consegue atribuir valor a quase nada.

Defina de cara como as contas serão pagas 

Cinema, bares, restaurantes, baladas... O ideal, para ter uma relação equilibrada sob o ponto de vista financeiro, é que vocês decidam juntos e deixem bem claro quem vai pagar o quê, sempre considerado as possibilidades de cada um. Assim evitam brigas, frustrações e reclamações. Quando há algo previamente combinado, a relação flui melhor -- ninguém é pego de surpresa ou se sente sobrecarregado. Afinal, é preciso entender a situação do outro, mas também é necessário compreender a importância de contribuir para não ficar pesado toda hora para a mesma pessoa.

Não acredite que o dinheiro é a maior fonte de felicidade 

É incrível passar a noite na balada mais concorrida e chique da cidade? Com certeza! Mas vocês não precisam desembolsar uma fortuna para se divertir juntos ou ostentar nas redes sociais que são um casal legal. Há vários programas e passeios bem baratinhos, alguns até gratuitos, que entretêm do mesmo jeito.

Conte com uma forcinha da tecnologia 

Existem vários aplicativos, indicados para casais e/ou amigos, que ajudam a organizar as despesas -- principalmente em bares e restaurantes -- e permitem checar se há um equilíbrio ou não entre o que os envolvidos vêm pagando. O Splitwise é o mais fácil de usar, mas o Conta Coletiva (ideal para ver os gastos em viagens), o Settle Up e o Tricount também são uma mão na roda na hora de fazer os cálculos.

Viagem a dois: um ótimo treino 

Fazer planos juntos, como escolher o destino onde vão passar o Ano-Novo ou o Carnaval, é uma boa estratégia para vocês discutirem o uso do dinheiro e também conhecerem mais a fundo a maneira com que cada um lida com o "vil metal". O ponto de partida deve ser sempre estipular a quantia que pretendem (e podem gastar) e, a partir daí, escolher o destino, estimar custos e até estabelecer o que cada um vai poupar ou reservar para a viagem.

Abrir o jogo sobre o salário: sim ou não?

Depende. Falar ou não sobre isso depende não só da necessidade, mas também do nível de envolvimento e de confiança entre vocês. Quando começarem a ter um projeto de vida em mente -- como se casar ou morar juntos em outro país -- aí, sim, é necessário, porque os salários podem ser somados e tudo deve ser feito em conjunto. Nesse ponto, omitir os rendimentos é impensável.

FONTES:
Luzimar Rosa, coach especialista em PNL (Programação Neurolinguística), consultora e representante da metodologia "I Have The Power" no Brasil; Márcia Tolotti, psicóloga, psicanalista, educadora financeira e autora do livro "As Armadilhas do Consumo" (Ed. Campus), e Silvia Donati, coach pessoal e profissional de São Paulo (SP)