Começo de namoro: precisa mentir? Na "Fazenda", Gabi Prado diz o que pensa
Quem acompanha "A Fazenda" já percebeu que a participante Gabi Prado é dona de uma personalidade forte. Envolvida desde o início do jogo com o cantor João Zoli, o que não faltam são cenas do casal discutindo a relação – muitas vezes motivados pelo jeito sincero da moça. Gabi já disse, por exemplo, que estava decidida a ficar com qualquer pessoa dentro da casa, não necessariamente João. Ela também confessou ter dificuldade em ser fiel quando vai ao Rio de Janeiro, por ter muitos ex-namorados na cidade. Em outro momento, sugeriu aos dois que mantivessem um relacionamento aberto, deixando o rapaz chateado.
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De acordo com a psicóloga Camila Moura, consultora do site Amor&Classe, quando um namoro está iniciando, é comum que as pessoas tentem esconder as características que podem desagradar ao parceiro, na tentativa de se aproximarem mais deles. Mas o contrário também pode acontecer. “Há quem busque se impor logo no início, deixando clara a necessidade de ser aceita da maneira como é”, esclarece.
A profissional ressalta que a escolha do comportamento varia não só de acordo com a personalidade, mas também, da forma como cada um constrói vínculos afetivos ao longo da vida.
Não existe fórmula mágica
“As duas tendências têm pontos negativos e positivos”, pontua. A tentativa de amenizar os defeitos pode ser boa no presente, mas causar problemas no futuro. “Há quem exagere ou minta para causar uma boa impressão, o que no começo é útil para entrar no universo do outro”, diz. Mas, com o passar do tempo, as crenças e valores vão se tornando mais claros e as diferenças podem gerar desentendimentos, causando no outro a sensação de estar com alguém a quem não conhece de verdade. Em compensação, ao optar pela sinceridade, como a participante do reality, é preciso ter cuidado com o tom. “Colocar suas opiniões de forma agressiva ou julgadora pode soar ofensivo para o parceiro”, alerta.
Quebrando os estereótipos
A modelo, que já foi acusada de ter uma “postura de piranha” pelo fisiculturista Léo Stronda, vai na contramão do que, geralmente, diz a psicóloga, fazem as mulheres. “Elas tendem a esconder mais suas características, uma vez que sofrem com o julgamento social, e muitas vezes assumem papéis com os quais não concordam apenas para atender a demanda daquilo que lhes é colocado como correto”, aponta Camila. Isso, no entanto, não quer dizer que os homens também não sejam afetados por essas questões. “A sensibilidade, por exemplo, ainda não é bem aceita pela sociedade quando vem de alguém do sexo masculino. Ela é tida como fraqueza, quando na verdade, é apenas uma característica”, reforça.
Para atingir o equilíbrio
“A harmonia acontece quando as diferenças não são vistas como uma ameaça, mas como uma soma”, garante Camila. É preciso haver admiração recíproca para que ambos possam aprender com as divergências e construir uma história juntos.
“O diálogo é importante para trabalhar a compreensão e ajustar as expectativas”, diz. É também através das conversas que as reais possibilidades e limitações são avaliadas pelo casal. “Caso um dos lados não esteja disposto a ser mais flexível diante das questões, o outro deve avaliar até que ponto a relação trará benefícios a ele”, conclui.
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