Conheça Juliana Luna, a ativista que ajuda mulheres negras através da moda

A carioca Juliana Luna, 30 anos, morou em vários países, é formada em Dança e vem se tornando uma das ativistas negras mais respeitadas do país. Há quatro anos, conheceu pessoalmente Nelson Mandela e Barack Obama e o impacto de estar diante destes grandes líderes fez com que decidisse partir em busca de seu verdadeiro propósito: empoderar mulheres negras e combater o racismo.
Juliana usa a moda como o instrumento para isso. Através da plataforma Project Tribe, criou uma rede na qual mulheres negras postam fotos usando turbantes - um dos elementos mais fortes da cultura afro. O trabalho fez sucesso e a colocou na lista das 10 brasileiras mais influentes do Instagram, segundo o site Fashionista.
A caminhada de Luna
- 2011 a 2013: Deu aulas de dança para mulheres vítimas de violência, em Nova York
- 2013: Conheceu Nelson Mandela e Barack Obama e criou a plataforma Project Tribe
- 2015: Foi em busca de suas origens na Nigéria
- 2016: Criou Yemisi, através do qual incentiva mulheres a buscarem o bem-estar e o autocuidado
Biografia rápida de Luna
- Juliana teve uma infância nômade graças à carreira do pai, que era químico industrial. Passou a infância na Bolívia, no Chile, na Argentina e na África do Sul até voltar para o Brasil, aos 12 anos. Aos 18, se mudou para Nova York, com seu então namorado -- nas mãos de quem sofreu violência doméstica. Após sair dessa relação abusiva, conseguiu se recuperar através de terapia em grupo e da dança, e passou a dar aulas de dança para outras mulheres vítimas de violência por lá. Conheceu então Ndaba Mandela, neto de Nelson Mandela, com quem começou a namorar e que lhe deu a oportunidade de conhecer o líder sul-africano. Em 2015 foi à Nigéria e conheceu a tribo Yorubá, da qual é descendente. Desde então dedica sua vida a ajudar outras mulheres negras a encontrarem sua identidade e ancestralidade.
Quem ela impacta
- Com seus turbantes, projetos artísticos e cursos, Luna inspira e apoia mulheres negras na busca pela identidade e autoaceitação.
Hoje Luna atua também com bem-estar, incentivando outras mulheres a buscarem o autocuidado. Através de aulas e vídeos sobre ioga e alimentação saudável, ela quer que outras consigam cuidar de seus traumas para poder impactar a sociedade e as pessoas ao seu redor.
Nós, afro-brasileiros, olhamos para trás e vemos um vazio. Não tem registro, não tem nada. Se você não tem identidade, você não vê oportunidade, não vê futuro. Tem um provérbio africano que diz: 'aquele que olha para trás e vê seus antepassados, olha para frente e vê como seu futuro é'.
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