Deputada pede investigação após ser chamada de "gostosa" durante votação
Mesmo fora da sala, a deputada federal Shéridan Oliveira (PSDB-RR) foi chamada de "gostosa" por um homem durante a votação que decidiu não levar adiante a denúncia contra o presidente Michel Temer, na quarta (2). O caso aconteceu em plena Câmara dos Deputados, em Brasília. Nas redes sociais, ela falou sobre machismo e fez um pedido de investigação para identificar quem fez o comentário.
A situação constrangedora começou na hora da chamada do nome dos deputados para votar. Shéridan não estava presente, quando Rodrigo Maia (presidente da Câmara) chamou o nome da deputada, um outro homem respondeu "gostosa" perto do microfone. Maia ignorou o comentário e repetiu o nome da colega. Na sequência, confirmou a ausência de Shéridan.
Nesta terça (8), ela veio a público falar que entrou com um pedido de apuração e investigação contra o "comentário indecoroso" na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. "Estamos no Congresso Nacional, lugar que deveria ser palco, celeiro das leis que protegem o cidadão brasileiro. Existe o assédio em todo lugar e não podemos nos calar. O machismo é a forma mais sistêmica, a forma mais direta de tentar tolher o direito da mulher, de tentar desqualificar a mulher brasileira", declarou ela em vídeo.
O pedido seguirá para a corregedoria, onde será feito um relatório. Após a confirmação do caso, o Conselho de Ética da Câmara vai decidir qual será a punição do culpado.
Machismo em plenário
Outro caso que ficou conhecido na Câmara dos Deputados foi uma declaração de Jair Bolsonaro (PSC-RJ) à deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), em dezembro de 2014, dizendo que "não estupraria porque ela não mereceria". A ação chegou ao STF, que em março desde ano, recusou os recursos do deputado e manteve a ação penal contra o parlamentar, que vai responder como réu pelos delitos de incitação ao crime de estupro e injúria.
E não são somente as parlamentares que sofrem com casos explícitos de machismo. O deputado federal Wladimir Costa (SD-PA) é alvo de representação por assédio dirigido à jornalista Basília Rodrigues, da rádio "CBN". Em plena votação da Casa, Wladimir foi flagrado enviando mensagens em que pedia nudes à repórter.
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