"Em Família": saiba como lidar com um "ex" que inferniza, como Branca
Inconformada com o término do casamento com Ricardo (Herson Capri), Branca (Ângela Vieira) não mede esforços para atormentar a vida do “ex” nos capítulos de “Em Família”. Faz de tudo para tentar minar o romance dele com Chica (Natália do Vale) e até já prejudicou a carreira do piloto de avião.
Se as situações da trama das 21h da Globo rendem boas risadas, na vida real não é bem assim: “ex” inconvenientes dão uma dor de cabeça danada e podem causar situações constrangedoras. Há uma impressão generalizada de que as mulheres costumam infernizar mais quando a relação termina, mas isso tem a ver com o fato de que o sexo feminino costuma demonstrar o que sente com maior frequência.
"As mulheres tendem a ser mais passionais nessas circunstâncias, talvez por serem mais dependentes de um relacionamento. Para algumas, a separação do amado pode representar a dor de não existir, uma vez que, ao olhar dele, ela já não representa mais nada", comenta a psicoterapeuta Carmen Cerqueira Cesar, de São Paulo. "Daí a dificuldade de aceitar o fato. E a dor pode se transformar em ódio e levar a atuações agressivas", diz.
Para a psicóloga e psicoterapeuta Sandra Samaritano, entretanto, os homens também vêm dando mais vazão aos sentimentos. “Eles fazem barraco quando a mulher pede a separação, o que mostra que estão começando a se permitir mostrar o que sentem”, declara.
Segundo Sandra, por pior que seja uma relação, há pessoas que pagam qualquer preço para permanecer junto da outra. “Aí, quando ocorre a separação, elas [as mulheres] sentem-se rejeitadas, deixadas de lado, e são capazes de fazer qualquer coisa para compensar a dor”, explica.
Lidar com uma pessoa magoada e ferida emocionalmente não é fácil, mas tolerar intromissões e escândalos também não. Por isso, a melhor forma de lidar com um “ex” inconformado é impor limites e deixar tudo às claras. “Ser permissivo significa deixar o outro invadir e fazer o que quiser”, fala Carmen.
Truques infalíveis dos especialistas para aplacar o "ex":
- Abra o jogo: é importante ter uma conversa definitiva com o “ex”, mas isso só será possível se você usar de grande sinceridade e demonstrar assertividade. “Fale do que tem incomodado você, mas não aceite convites para brigar. E ao chamar a pessoa para o diálogo esteja preparado e com as emoções em equilíbrio”, diz a moderadora de conflitos Suely Buriasco, de São Paulo. “Isso pode fazer com que o outro perceba que está se equivocando e indo pelo caminho errado”, conta Carmen.
- Não alimente esperanças: se o fim foi bem pensado, evite agir de forma que a pessoa guarde qualquer esperança de reconciliação. Para tanto, é importante demonstrar cortesia, mas sem exagero. “Da mesma maneira, fuja de recaídas. Quem deseja manter um relacionamento respeitoso com o “ex” não deve cair na bobagem de ceder à tentações do tipo ‘só mais uma vez’. Isso vai encher o outro de esperança e inflamar mais raiva por causa de uma nova desilusão”, explica Suely.
- Mantenha certa distância: tente encontrar o menos possível com seu antigo amor, pelo menos até que a situação se normalize e os ânimos se aquietem. Acredite no ditado "quem não é visto, não é lembrado".
- Dê um "block": nenhuma estratégia vai funcionar se você continuar mantendo contato virtual ou expondo a sua nova vida de forma a inflamar os ânimos e gerar ainda mais revolta. Enquanto o ex-par estiver dando trabalho, melhor bloqueá-lo nas redes sociais.
- Não force a amizade: "Bancar o amigo, dependendo das circunstâncias, também é uma forma de alimentar a esperança”, explica Sandra Samaritano. Manter uma amizade civilizada seria o ideal, mas dificilmente isso acontece logo após a separação. “Não acredite que tudo está a mil maravilhas e que já podem ser amigos. Existem mágoas e, não raras vezes, muito rancor no fim de um relacionamento. Melhor agir com cautela e dar um tempo para evitar transtornos”, fala Suely Buriasco.
- Aposte na privacidade: não forneça combustível para a pessoa ficar atrás de você. "Ou seja, fique na sua e não forneça horários ou informe onde vai estar. Assim, fica mais difícil encontra-lo e provocar confusão", declara o psicólogo Alexandre Bez, especialista em relacionamentos pela Universidade de Miami. “Nos casos em que as palavras não surtem mais efeito, é preciso partir para a ação: não atender mais telefonemas, não responder mensagens, não receber em casa. Cortar mesmo”, afirma Carmen.
- Preserve o novo amor: alguns “ex” chegam a infernizar também a vida do atual, mas o problema, nesse caso, não é do novo namorado, e sim seu. “A postura de manter a pessoa à parte é a mais sábia”, diz Alexandre Bez. Quem manteve o relacionamento com o "ex" é que precisa impor limites e chamar para conversar, quando necessário.
- Não sinta pena: demonstrar bondade além da conta por compaixão é um grande erro, segundo Carmen. “A realidade precisa ser encarada. Afinal, trata-se de um adulto, não é mesmo?”, fala a psicoterapeuta. Tratar o outro como criança ou incapaz, tentando dourar a pílula ou amenizar a situação, só o desqualifica e fará com que se sinta pior.
- Se precisar, tome uma medida séria: de acordo com Alexandre, caso sinta que a situação está passando dos limites e paire no ar a ameaça de que algo mais grave possa acontecer (violência física, por exemplo) vale a pena ter uma atitude preventiva, como fazer um boletim de ocorrência. “Pessoas com personalidade agressiva, ciumenta ou possessiva podem causar transtornos”, afirma.
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