Reconheça os sinais que mostram quando uma relação não tem volta

Quando um relacionamento chega ao fim e um dos dois não queria, é difícil aceitar a situação sem tentar, pelo menos por um tempo, retomar a relação. Pedidos desesperados de reconciliação, telefonemas de madrugada jurando amor eterno, perseguição nas redes sociais, súplicas, choros e cenas de humilhação são comuns, nesses casos. Algumas vezes, há retorno. Outras, não.
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Será possível saber se um relacionamento não tem mesmo mais volta? Para a psicóloga e terapeuta sexual e de casais do Instituto H. Ellis, Margareth dos Reis, os sinais mais claros de que não há chance de retorno é quando não existem mais objetivos em comum nem desejo.
"Quando um lado diz que o interesse acabou, o melhor é respeitar. Quem está sendo deixado pode até pensar diferente, mas o pior método é tentar vencer pela insistência. Não se obriga ninguém a gostar de você", diz ela, doutora pela Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo).
A psicóloga aponta outros sinais que levam ao término definitivo de um relacionamento: falta de confiança, de respeito e de admiração, além do fim da cumplicidade.
Resolvendo os conflitos
O psicólogo Rafael Higino Wagner, especializado em relacionamentos afetivos, concorda com a terapeuta sexual: "Se não há mais amor ou interesse, dificilmente uma relação tem volta". Mas se for apenas um desgaste ou situações cotidianas que levam a estremecimentos, vale conversar e tentar acertar os ponteiros. "O que pode determinar o fim da união é mais a dinâmica emocional que o casal vai estabelecer diante do conflito do que um motivo específico", diz ele.
E os motivos para divergências são vários: falta de desejo sexual, cobranças, discussões constantes, brigas por dinheiro, desacertos na educação dos filhos e hábitos que desagradam o outro lado. Nessas horas, antes que a situação se torne inviável, a alternativa mais razoável é conservar. "O casal deve dialogar, expressar seus sentimentos e renegociar mudanças e novas formas de lidar com situações rotineiras", diz Wagner.
A crise pode ser benéfica, se for passageira. Porém, se for persistente e intensa, é importante buscar ajuda profissional para melhorar a qualidade do relacionamento e superar os conflitos. Mesmo porque conflitos constantes podem levar a rompimentos definitivos. Ou, antes, ao aparecimento de uma terceira pessoa, o que revela a existência de distanciamento afetivo, insatisfação, insegurança, frustrações ou a temida perda do amor e do desejo.
Seguir em frente
Seja qual for o motivo, a insistência em retomar uma relação que o outro lado decidiu terminar não é a melhor maneira de lidar com a situação. "Seguir em frente é fundamental. É melhor aceitar o término do que continuar em um relacionamento sem futuro", fala o psicólogo.
A dificuldade em reconhecer o fim de uma relação amorosa pode estar ligada à falta de maturidade, diz a terapeuta sexual Margareth dos Reis. Ou, então, ao sentimento extremo de posse. "Normalmente, pessoas que não aceitam o final de um relacionamento têm dificuldade em se colocar no lugar do outro e de compreender o que está acontecendo. E não querer aceitar a realidade é um desrespeito com a pessoa que decidiu pelo término", afirma.
Reaproximação espontânea
Paula Cassim, escritora e autora do livro "Como Reconquistar Seu Ex" (Editora All Print), é mais otimista sobre relacionamentos que chegam ao fim. "Quando o casal ainda se gosta, se enroscou e se laçou de verdade, sempre arruma um jeito de continuar por perto, mesmo sem deixar o outro perceber. Os dois fuçam nas redes sociais, dão o ar da graça em programas de mensagens instantâneas, provocam com frases, trocam fotos e enviam mensagens de texto". Quando isso acontece, é possível que haja uma reaproximação espontânea.
Porém, se o lado rejeitado continuar importunando o ou a "ex", a situação tende a piorar. Pessoas que não aceitam o fim da relação, que vão atrás, que ligam desesperadas e entopem a caixa de entrada do outro com mensagens, costumam a afastar cada vez mais o ex-amor, diz ela.
Um novo começo
Existe uma boa maneira de lidar com a separação? Paula Cassim resume seu conselho em uma só palavra: sumir. "Não ligue, não mande recado, não reencaminhe nem correntes por e-mail, não ande com amigos em comum". Afinal, enquanto a parte rejeitada se mantiver presente, o lado que colocou um ponto final na relação saberá que a tem nas mãos.
Nessas situações, ainda vale o conselho de mãe: "dê tempo ao tempo". Se houver possibilidade de reconciliação, quem deu o fora, depois de analisar melhor o relacionamento e o término, terá todo o interesse em procurar a parte rejeitada para, quem sabe, um novo começo.
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