Crie um espaço em casa para o bebê se divertir e se desenvolver
Organizar um espaço dentro de casa para o bebê brincar é uma forma de estimular seu desenvolvimento. Com almofadas, pufes, colchões, edredons e brinquedos, entre outros itens, pode-se montar um circuito psicomotor na sala de estar, por exemplo. Trata-se de uma área criada para que a criança se divirta e, ao mesmo tempo, gaste energia, supere desafios e aprenda a se equilibrar melhor. Tudo sob a supervisão atenta de um adulto.
De acordo com Aglair Fraga, pedagoga da Escola e Berçário Vila do Saber, em Moema, bairro da zona sul de São Paulo, é preciso estimular os movimentos dos bebês. Para isso, os pais podem, nos circuitos psicomotores, oferecer condições para que eles se virem, levantem-se ou rolem antes mesmo de começar a andar.
“O principal é delimitar um espaço específico e usar acessórios simples como almofadas, tapetes emborrachados e edredons”, diz.
Assim, segundo Aglair, aos quatro meses, os pais podem colocar apoios nas costas e ao lado do corpo para que o filho fique um pouco sentado. Aos cinco, vale deixá-los de barriga para baixo em posição de rolar ou se virar. Mais adiante, aos sete ou oito meses, o circuito fica mais animado, pois as crianças podem se apoiar em sofás ou pufes para tentar ficar de pé.
Mãe de Marina, de dez meses, aluna do Berçário Vila do Saber, a administradora Tatiana de Foggi passou a fazer exercícios do tipo com a menina em casa por orientação da escola, complementados pelo uso do circuito também no colégio.
“Não sabia que podia estimular a minha filha assim. Agora, deixo alguns brinquedos acima da cabeça dela para que se esforce mais para pegar ou jogo mais longe para ela buscar engatinhando.”
Em 15 dias de atividade, a mãe diz que observou mudanças no desenvolvimento de Marina. “Antes ela nem ficava em pé e agora dá passinhos comigo”, fala Tatiana.
Também adepta dessa prática, a dona de casa Karen Oliveira Aun, de Belo Horizonte (MG), não mede esforços na hora de organizar o espaço para brincadeiras do filho Elias, de quase dois anos.
Autora do blog Enquanto o Elias Dorme, ela conta que, no primeiro circuito psicomotor que fez para o menino, usou almofadas, um colchão e o sofá da sala.
“Elias estava com oito meses e não engatinhava. Criei um circuito em que ele precisasse subir, descer, arrastar-se, tomar decisões sobre o melhor caminho a fazer”, afirma.
“Os obstáculos precisam ter alguma dificuldade para que o bebê pense em soluções e queira ir sempre adiante. Vale colocar alguns brinquedos que a criança gosta por perto como incentivo.”
Karen garante que o menino se diverte muito sempre que brinca desse jeito. “O Elias adora. Percebo a satisfação no olhar dele por ter conseguido realizar os desafios.”
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