Cardigã recebe novos formatos em desfile da Maria Bonita
A Maria Bonita apresentou sua coleção de Inverno 2008, assinada pela estilista Danielle Jensen, na tarde desta quinta-feira (17), durante o segundo dia do São Paulo Fashion Week.
Toda a temporada da grife foi criada a partir de um grande tema: o cardigã. Danielle, que no backstage afirmou ter o armário cheio de exemplares da peça, trabalhou a desconstrução do modelo tradicional, com padronagem Argyle, para criar blusas, vestidos e acessórios.
"Quis fazer uma releitura em cima de algo que já existe. E [esse algo] é o cardigã", explicou a estilista. Com isso em mente, ela trabalhou desde as peças abertas, com botões, até as fechadas, variou padronagens, com losangos pequenos e grandes.
Entre as intervenções criadas para proporcionar uma nova apresentação da peça, estão sobreposição do padrão Argyle por paetês em formato geométrico, redesenhando os traços originais. Os paetês reapareceram também em couro cobrindo looks inteiros.
O destaque, no entanto, fica para as peças com quatro mangas. "Fiz uma leitura de como as pessoas usam o cardigã. Elas amarram no pescoço, na cintura", contou Danielle. Aí, entram esses pedaços "extra" de tecido. Na coleção da Maria Bonita, as mangas viraram longas golas (ou cachecóis) em umas peças e faixas para cintura em outras, como casacos. O cardigã ganhou ainda o formato de bolsa, como no look desfilado pela top Carol Pantoliano, com vestido, meias de perna inteira e bolsa na mesma padronagem, marinho, com toques em caramelo.
A paleta de cores inclui ainda o caqui, o bordô e o grafite. Esta última apareceu em especial nas peças de organza de seda acetinada, que receberam intervenções de rabiscos em giz de tons terrosos, para "tirar a formalidade da organza", como contou a estilista.
Um certo ar de androginia aparece forte na coleção, principalmente quando se observa os sapatos - todos masculinos, com couro vazado, com e sem salto. As calças têm pregas, e há predomínio do saruel.
O desfile contou ainda com a performance ao vivo da cantora Adriana Calcanhoto, sentada em uma cadeira na entrada da passarela, portando um violoncelo. Os sons, por vezes dissonantes, do instrumento, quebrados em meio ao silêncio da sala, modulavam a descontrução dos cardingãs até chegar nas peças de organza. A trilha incluiu também uma versão de "Music", da Madonna.
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