Raia de Goeye desfila fora do SPFW com ONG e verão solto em pastel

A Raia de Goeye costuma fazer desfiles fora do prédio da Bienal, em bonitos cenários como o Teatro Municipal ou os jardins de uma mansão, como na edição passada. Desta vez, no entanto, a escolha de um endereço fora da sede oficial do evento - um galpão onde será construído um shopping, na Vila Olímpia - aconteceu também por conta da saída da marca do line-up oficial da temporada. "Somos uma marca pequena e achamos que precisávamos nos reestruturar", disse Paula Raia, uma das estilistas da grife, ao lado de Fernanda de Goeye. A mudança de planos repentina (até semana passada a Raia de Goeye estava dentro da programação) não foi explicada.



Em clima menos glamouroso que em outras temporadas, no galpão convencional, a Raia de Goeye contou com uma atração extra no começo e no final do desfile: a performance da Companhia Aplauso, grupo que faz performances de dança com música e um dos projetos do Centro Espacial Vik Muniz, ONG criada pelo artista plástico brasileiro radicado em Nova York e patrocinada pela Lancôme.



Na coleção, o estilo que já empolgou a moda ao combinar, de um jeito novidadeiro, o sexy com o amplo em saias e vestidos curtinhos, calças mais amplas ou vestidões longos, soltos e decotados, trouxe novamente estas peças à passarela, desta vez com ênfase no toque artesanal, nos tecidos naturais, nos tons pastéis em batas, blusas que ficavam levemente bufantes com cintinhos de couro vazado, vestidos curtos godês, mangas maiores e bufantes, como na boa dupla de vestidos, tanto o curto quanto o longo, em salmão. A peças, mais molengas em tons pastéis de verde, rosa, lilás, com momentos de verde oliva, ganhavam alguma estrutura com as espécies de debrun em couro com vazados em forma de gotinha.