Neon traz mulheres poderosas, com vestidos esvoaçantes, ao som de Guns and Roses

As mulheres da Neon sempre dão o que falar. Se na edição passada elas tiravam a roupa, num "strip tease" de coleção na frente dos fotógrafos, nesta elas desfilavam no melhor estilo "Marilyn Monroe-tropical-sensual-moderna", andando sobre a última das três plataformas da passarela, que soltava ar e levantava as saias da coleção.



Como sempre, o desfile contou com muita cor, formas amplas e estampas fortes, que desta vez foram assinadas por três artistas: Fernando Vilella (as de paisagens de São Paulo e de barco e velas), Fábio Gurjão (a de pavão) e a baiana Goya Lopes. "Sempre fomos muito fãs do trabalho dela", diz o estilista Dudu Bertholini, que usou duas lindas estampas assinadas por Goya Lopes: uma inspirada no Mercado Modelo de Salvador e outra étnica, mais geométrica, usando como referência a cultura dos índios Kadiwéu.



A Bahia inspira o verão de Bertholini e Rita Comparato, misturada à Espanha, às ciganas e à cidade de São Paulo.



Os babados chegam nesta coleção como ponto forte novidadeiro. Em blusas em vermelho fortíssimo e tomate, combinadas com a calça jeans de cintura alta, nos vestidos longos, em apenas uma camada no decote ombro a ombro, nos vestidinhos curtos. A modelagem estilo quimono de outras edições aparece em vestidos curtos, mas dá lugar a outras formas nos longos, como o decote ombro a ombro e o vestido de um ombro só.



Ao som de Guns and Roses, as modelos, batom vermelho na boca, roupa esvoaçante no corpo, se sentem poderosas, fazem pose, ficam felizes com a força da própria feminilidade. E os amarelos, vermelhos, azuis, verdes vibram e contagiam a platéia, que aplaude entusiasmada no final do desfile, deixando todo mundo feliz no último dia do São Paulo Fashion Week.