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Após repercussão de caso Mariana Ferrer, mulheres protestam em frente ao STF

Mulheres participam de ato organizado pela Bancada Feminista do PSOL em apoio à jovem Mariana Ferrer, em frente ao Fórum Pedro Lessa, na Avenida Paulista, em São Paulo, na noite desta quarta-feira (4) - CRIS FAGA/ESTADÃO CONTEÚDO
Mulheres participam de ato organizado pela Bancada Feminista do PSOL em apoio à jovem Mariana Ferrer, em frente ao Fórum Pedro Lessa, na Avenida Paulista, em São Paulo, na noite desta quarta-feira (4) Imagem: CRIS FAGA/ESTADÃO CONTEÚDO

Vinícius Valfré e Dida Sampaio

Do Estadão Conteúdo, em São Paulo

04/11/2020 23h31

Um ato de repúdio ao desfecho do caso da influenciadora digital Mariana Ferrer, em Santa Catarina, reuniu dezenas de mulheres em frente à sede do Supremo Tribunal Federal (STF), na noite de hoje. A manifestação teve cartazes de apoio à jovem, de 23 anos, alvo de acusações machistas durante audiência de processo no qual figura como vítima de estupro. Diante do STF, o grupo criticou a absolvição do empresário André de Camargo Aranha.

O protesto ficou concentrado na Praça dos Três Poderes e teve, ainda, gritos de "Fora, Bolsonaro". A seccional catarinense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu esclarecimentos ao advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho, que defende o empresário acusado de estupro e chegou a dizer que Mariana tem como "ganha-pão" promover a "desgraça dos outros". A atuação do juiz Rudson Marcos, responsável pelo caso, também é alvo de procedimento disciplinar no Conselho Nacional de Justiça.

Nas redes sociais, vários artistas e personalidades se manifestaram, criticando a atuação do advogado de defesa do acusado, do promotor e do juiz no caso. As hashtags #justicaparamariferrer e #naoexisteestuproculposo ficaram entre as mais compartilhadas nas redes sociais desde a terça-feira, quando o site The Intercept Brasil divulgou imagens da audiência.