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TikTok é a rede mais acessada por crianças, aponta estudo; confira

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Imagem: iStock

Raisa Toledo

especial para o Estadão

17/08/2022 18h26

Nas ruas, em casa e nas escolas, não é difícil ver crianças e adolescentes com os olhos grudados no celular. Uma pesquisa com cerca de 2,6 mil crianças e adolescentes mostra como essa faixa etária está muito conectada — e cada vez mais cedo. Do grupo entre 9 e 10 anos, 92% já estavam conectados à internet em 2021, ante taxa de 79% identificados em 2019.

O WhatsApp (80%), o Instagram (62%) e o TikTok (58%) são as redes sociais mais utilizadas pelos jovens de 9 a 17 anos. O TikTok já superou Instagram e Facebook na faixa até 14 anos; já entre adolescentes dos 15 aos 17 anos, o Instagram ainda fica bem à frente do TikTok (52%, ante 21%). Os dados são da pesquisa TIC Kids Online, divulgados pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil nesta semana.

Enquanto 88% dos usuários de internet do grupo entre 9 e 17 anos têm perfis em redes sociais, o uso das plataformas (78%) é a terceira atividade mais comum realizada por eles na internet: atrás de assistir vídeos, filmes ou séries (84%) e enviar mensagens instantâneas (79%). Em seguida, vêm as pesquisas para atividades escolares (71%) e os jogos on-line conectados com outros jogadores (66%).

Busca por ajuda emocional e publicidade online

Das crianças e adolescentes de 11 a 17 anos entrevistados pelo estudo, 32% afirmaram ter usado a internet para buscar ajuda para lidar com algo ruim que vivenciaram ou conversar sobre suas emoções. A internet também foi usada para buscar informações sobre alimentação saudável e dietas (55%); sintomas, prevenção e tratamento de doenças (38%); exercícios e dicas para entrar em forma (36%) e para pesquisar ou discutir questões relacionadas à sexualidade, como educação sexual ou saúde sexual.

Conforme o Estadão já mostrou, o acesso de crianças e adolescentes às redes sociais também tem impulsionado a busca pela magreza cada vez mais precoce. Isso tem preocupado médicos, nutricionistas e psicólogos, que alertam para os riscos de anorexia e bulimia. Segundo especialistas, definir limites de uso e ensinar os filhos sobre como navegar nas redes sociais são medidas que podem ser adotadas pelos pais.

A pesquisa também coletou informações sobre a divulgação de produtos ou marcas a que os entrevistados de 11 a 17 anos haviam sido expostos nos últimos 12 meses. Do total, 81% deles tiveram contato com publicidade de produtos ou marcas, que acontece majoritariamente (em 67% dos casos) em plataformas de vídeo. Além de serem expostos a esse tipo de conteúdo, os adolescentes também interagem com ele; seguindo o produto ou marca nas redes sociais, curtindo, comentando e compartilhando posts.

As formas de divulgação publicitária mais comuns são imagens ou vídeos de pessoas ensinando a usar um produto (62%); abrindo embalagens, no conhecido unboxing (61%); mostrando produtos recebidos por marcas (54%) e fazendo desafios ou brincadeiras com a mercadoria (53%).