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Não, ETs não invadiram a Terra: por que tantos óvnis estão aparecendo?

Aparecimento de óvnis sempre mexeu com a imaginação da população  - Reprodução
Aparecimento de óvnis sempre mexeu com a imaginação da população Imagem: Reprodução

Simone Machado

Colaboração para Tilt, em São José do Rio Preto (SP)

14/02/2023 13h47Atualizada em 14/02/2023 18h25

Quatro óvnis (objetos voadores não identificados) foram registrados desde a última sexta-feira (10) nos Estados Unidos, Canadá e China —ao menos três deles foram abatidos pela força aérea dos EUA.

A situação rendeu uma série de teorias sobre a existência de vida em outros planetas e uma possível invasão alienígenas na Terra. O que se sabe até o momento é que não há indícios de visitantes de fora do nosso planeta.

Segundo o governo norte-americano, os objetos possivelmente são balões meteorológicos. Confira a seguir um perguntas e respostas sobre esses registros polêmicos.

O que é óvni?

Um Óvni é a sigla em português para UFO (Unidentified Flying Object).

Representa qualquer objeto — ou luz — visto no céu e que não é compreendido naquele primeiro momento por quem os vê.

Em geral, essas aparições são investigadas por órgãos governamentais. Pode concluir-se tratar de fenômenos:

  • naturais, como planetas, reflexos, nuvens e outras ocorrências atmosféricas.
  • gerados por humanos, como drones, balões, lasers.

Há casos em que não há imagens e dados suficientes para chegar a uma conclusão, e os objetos seguem sem explicação.

Para evitar confusões envolvendo a presença de alienínenas, os EUA criaram a sigla UAP ("fenômenos aéreos não identificados", do inglês "unidentified aerial phenomenon").

Por que tantos óvnis estão sendo abatidos nos EUA?

Desde o dia 4 de fevereiro, quando um balão chinês foi derrubado após percorrer praticamente todo o território dos Estados Unidos, o setor de inteligência norte-americano ficou mais atento a espionagens.

Por isso os abates desses objetos ficaram mais frequentes. Os militares reforçaram a vigilância. E isso influenciou no maior número de óvnis encontrados nos últimos dias.

O monitoramento de óvnis é recente?

Não. Diversos países fazem esse controle de tentar identificar óvnis sobrevoando o céu. Como já mencionado, pode envolver uma questão de segurança.

Os EUA, por exemplo, possuem em gabinete especifico para investigar esse tipo de ocorrência. Criado no ano passado, o AARO (All-Domain Anomaly Resolution Office) tem o objetivo de rastrear e tentar explicar avistamentos, descritos em relatórios das forças armadas do país (Exército, Marinha e Aeronáutica).

Eles investigam objetos não identificados vistos no céu e até debaixo d'água.

Quantos óvnis já foram descobertos?

O "Relatório Anual sobre Fenômenos Aéreos Não Identificados", do Pentágono, identificou 510 óvnis em 2022, sem "colisões relatadas".

Foram analisados 366 avistamentos:

  • 163 eram balões ou "entidades semelhantes a balões".
  • 26 eram sistemas de aeronaves não tripulados, ou drones.
  • 6 eram "desordem" no ar, como pássaros ou sacolas plásticas voando.
  • 171 permanecem sem explicação (geralmente, isso se deve a falta de imagens e dados suficientes para a análise).

Óvnis já foram vistos no céu do Brasil?

Sim. Em novembro do ano passado, pilotos de dois aviões que faziam rotas para Porto Alegre, registraram o aparecimento de luzes desconhecidas na cor azul, que se acendiam, se apagavam e giravam.

Na época, elas foram identificadas como óvnis pela falta de definição do que elas eram.

Situações parecidas também foram registradas dias e semanas antes, também no Rio Grande do Sul.

Outro caso envolvendo o Brasil ocorreu em 2020. Um suposto objeto luminoso teria caído na cidade de Magé, Rio de Janeiro.

O registro de óvnis mais famoso do país ocorreu em 19 maio de 1989, data conhecida como "Noite dos discos voadores".

Afinal, existe vida fora da Terra?

Apesar de existirem diversas teorias sobre vida extraterrestre, até o momento não há nada que comprove isso. Segundo pesquisa do Search for Extraterrestrial Intelligence, não há relato real de "disco voador".

*Com matéria de Marcella Duarte, de Tilt, e informações do UOL Notícias