Por que empresa de Musk mandou bolas da Copa para o espaço? Veja imagens

Parece que o ponto mais alto que uma bola da Copa do Catar chegou até agora não foi por causa de nenhum chute de jogador de futebol, mas sim, de Elon Musk. Nesta edição, a bola oficial foi parar no espaço a bordo de um foguete Falcon 9, da SpaceX, antes do início do torneio.

Em parceria com as equipes SpaceX e Starlink, de Musk, a Qatar Airways lançou duas bolas de futebol FIFA na atmosfera, que atingiram 76 milhas (123 quilômetros) acima da Terra e viajaram a velocidades de até 5.139 mph (8,272 km/h).

"Do espaço para o campo de futebol. Trouxemos o futebol oficial para a Copa do Mundo da FIFA Qatar, tornando-nos parte desta jornada histórica fora do mundo junto com a SpaceX e a FIFA", disse a Qatar Airways.

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Para essa viagem sideral, as bolas partiram originalmente de Doha, capital e cidade mais populosa do Catar, para Los Angeles, na Califórnia, Estados Unidos. Em seguida, para o lançamento, foram transportadas para Cabo Canaveral, na Flórida, também nos Estados Unidos.

Confira o vídeo da ação abaixo:

Chamadas de 'Al Rihla', que significa jornada ou excursão em árabe, as bolas da partida permaneceram no foguete Falcon 9 durante o primeiro estágio, que corresponde a 800 milhas, e foram trazidas de volta à Terra através de um drone da SpaceX no oceano Atlântico, a algumas centenas de quilômetros da costa.

Depois, foram transportadas pela Qatar Airways para o Aeroporto Internacional de Famad, onde foram entregues aos árbitros da Copa do Mundo 2022.

De forma resumida, o motivo das bolas irem para o espaço foi uma parceria entre SpaceX e a Qatar Airways.

Como a bola da fase final se chama "a jornada" em árabe, enviá-la ao espaço seria uma forma de dar maior publicidade para esta mudança no equipamento esportivo usado na Copa do Mundo.

Não é a primeira vez

Apesar do fato curioso, não é a primeira vez, no entanto, que bolas de futebol viajam para o espaço. Em 2018, os cosmonautas, profissão que equivale a astronauta, mas é assim chamada na Rússia, enviaram uma bola Adidas Telstar 18 para a Estação Espacial Internacional antes de chegar ao Estádio Luzhniki, em Moscou, capital do país.

A bola viajou 31 milhões de milhas (50 milhões de quilômetros) durante 74 dias.

No ano seguinte, a Adidas enviou várias bolas de futebol a bordo de uma espaçonave Dragon, contratada pela NASA, para um estudo no Laboratório Nacional da Estação Espacial Internacional. Os testes tinham como objetivo se aprofundar nas características de voo da bola para criar design e textura inteligentes.

Um pouco antes, em 2017, uma outra bola de futebol foi encontrada nos destroços do ônibus espacial Challenger, que se partiu em apenas 73 segundos em seu voo em 1986, matando todos os sete tripulantes. Foi o primeiro grande acidente de ônibus espacial a ocorrer.

Na época, o Challenger já havia completado nove missões bem-sucedidas e estava em serviço há quase três anos. O ônibus passou 62 dias, 7 horas e 56 minutos no espaço, de acordo com a CBS, mas, em seu último lançamento fatídico, uma série de problemas técnicos o levaram a explodir.

Nesse ônibus espacial, estava Christa McAuliffe, 37, a primeira civil dos EUA a viajar para o espaço. Professora de estudos sociais em uma escola de Ensino Médio em New Hampshire, Christa havia vencido uma competição para participar da missão e, com isso, passaria por seis meses de treinamento antes da decolagem.

(*) Com informações de Daily Mail e Doha News