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Projetor da Samsung impressiona, mas tem um problema 'micro' e outro enorme

Freestyle: qualquer parede pode virar uma tela de 100 polegadas Full HD - Divulgação
Freestyle: qualquer parede pode virar uma tela de 100 polegadas Full HD Imagem: Divulgação

Thaime Lopes

Colaboração para Tilt, em São Paulo

24/08/2022 04h00Atualizada em 24/08/2022 11h16

O projetor portátil The Freestyle, da Samsung, chegou ao mercado prometendo o melhor de dois mundos: o cinema e a smart TV. Ele consegue projetar telas de até 100 polegadas com qualidade Full HD, mas mantendo várias funcionalidades que já temos na TV conectada online, como os aplicativos de streaming.

Testei o Freestyle por uma semana em casa e a boa notícia é que ele cumpre sua função. O problema é que ele não é para qualquer bolso: o preço de R$ 6.900 (valor de venda no dite oficial da Samsung, mas é possível encontrar a partir de R$ 6.500 em sites de grandes varejistas) me fez desistir imediatamente de comprar um para chamar de meu.

Ele faria sucesso em festas (imagina na Copa do Mundo, que está logo aí!) Mas no dia a dia, qualquer boa televisão faz a mesma coisa e por preços mais acessíveis.

Também há outros prós e contras que vale analisar.

Configuração fácil? Mais ou menos

O Freestyle vem com um guia rápido de instalação. Teoricamente, basta conectá-lo à tomada, ligar usando o controle e mexer no hub de smart tv (quem tem algum televisor da Samsung vai se sentir em casa).

O problema é que eu queria testá-lo conectado com meus videogames ou com o computador. O plano era usá-lo para receber meus amigos para uma noite de jogos, por exemplo.

Projetor Freestyle - Thaime Lopes/UOL - Thaime Lopes/UOL
Adaptador de micro HDMI atrapalha conexão de energia
Imagem: Thaime Lopes/UOL

Mas parei num micro-obstáculo: essa ligação só pode ser feita por um cabo de micro HDMI, que é muito difícil de achar. Fui em lojas especializadas e não achei o produto.

Tive que comprar online um adaptador e, quando tentei usá-lo, o cabo de energia do Freestyle não me deixava encaixar o HDMI.

Resultado: não usei com o videogame e, portanto, metade da graça que eu via no projetor foi embora. Por quase R$ 7 mil, bem que a Samsung poderia ter mandado o cabo junto, não?

Para serviços de streaming, a história é outra

Projetor Freestyle, da Samsung - projeção na parede - Thaime Lopes/UOL - Thaime Lopes/UOL
Freestyle funciona facilmente como uma smart TV
Imagem: Thaime Lopes/UOL

Como ele já vem preparado com as mesmas funções das smart tvs da Samsung, assistir qualquer streaming é muito fácil: alguns aplicativos já vêm instalados e há uma variedade bem grande (e gratuita) na loja para outros serviços.

A conexão com minhas contas das plataformas foi feita de forma tão fácil quanto em qualquer outra TV. A partir daí, aproveitei ao máximo as funções do projetor: coloquei bem pertinho da parede, para deixar uma tela menor ao lado do notebook. Virei ele para o teto enquanto estava deitada na cama e apontei ele para todas as paredes do apartamento para testar os diferentes tamanhos.

O que mais me impressionou foi a rapidez e facilidade em que o projetor se adapta. Se você muda ele de direção ou posição, em menos de 5 segundos ele já reconhece a superfície em que a luz está sendo refletida e ajusta a imagem para que fique tudo certo. Foco, proporção e nivelamento automáticos: me senti em algum episódio de uma série futurista.

A qualidade da imagem é Full HD, e o ajuste de brilho, cor e nitidez da imagem também são feitos de forma automática.

Bom na bateria e no som

O carregamento, que travou uma batalha com o micro HDMI, pode ser facilitado. Além de plugar na tomada, o Freestyle é compatível com power banks. É uma ótima saída para quem quiser levá-lo para a praia, um acampamento ou algum lugar sem energia. (Certamente mais fácil que levar uma smart TV!)

Futuramente a Samsung ainda planeja lançar uma base que funciona como carregador externo.

Projetor Freestyle, da Samsung - - Thaime Lopes/UOL - Thaime Lopes/UOL
Não importa o tamanho da projeção: o som é sempre potente
Imagem: Thaime Lopes/UOL

O som também impressiona. Tinha certeza que o tamanho reduzido do projetor deixaria a experiência sonora ruim, mas me enganei. Como suas saídas estão em toda a sua estrutura, o áudio é 360º, o que me lembrou bastante a experiência num cinema.

Talvez valha a ressalva de que não moro em um apartamento grande, então todas as vezes que usei o projetor, estava relativamente perto dele. Ainda assim, achei a experiência sonora surpreendente.

Vale a compra?

Não vou mentir: mesmo tendo ficado decepcionada por não ter conseguido testar o projetor com videogame, toda a experiência de mudar o tamanho da tela de forma tão rápida e fácil me agradou bastante.

Gostei de assistir filmes em locais inusitados (tipo o teto do meu quarto), mas ainda assim o preço é salgado demais para o produto.

Freestyle - Thame Lopes/UOL - Thame Lopes/UOL
Projeção no teto do meu quarto (sim, ali é meu lustre)
Imagem: Thame Lopes/UOL

No dia-a-dia, não me parece que as pessoas usariam o Freestyle com frequência. Ele me parece um ótimo acessório para eventos, e eu não sei vocês, mas eu não gastaria R$ 6.900 para complementar minha festa de aniversário.

Se dinheiro não é problema, então vai fundo: você vai se sentir em um cinema caro, mas no conforto da sua casa. Tem coisa melhor do que isso?

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