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Eleições 2022: WhatsApp lança campanha contra fakes para não repetir 2018

WhatsApp terá assistente virtual para tirar dúvidas com o TSE - Hocus-Focus/iStock
WhatsApp terá assistente virtual para tirar dúvidas com o TSE Imagem: Hocus-Focus/iStock

Abinoan Santiago

Colaboração para Tilt, em Florianópolis

01/08/2022 10h00Atualizada em 01/08/2022 18h05

Amplamente usado para espalhar fake news em 2018, o WhatsApp lança hoje (1º) uma campanha para dar mais amplitude às ações do aplicativo para combater notícias falsas durante o pleito de 2022.

De acordo com a empresa, a campanha, chamada de "Vamos juntos combater as informações falsas", tem a intenção de "dar mais visibilidade para as parcerias estabelecidas" que restringem a circulação desse tipo de conteúdo na plataforma. Ela será veiculada no Facebook, Instagram, YouTube, portais, jornais, revistas e rádios.

Uma das parcerias promovidas é com a Aliança Internacional de Checagem de Fatos, uma organização composta por mais de 30 veículos de imprensa e checagens de informação no mundo todo - entre eles, o UOL Confere.

Outra é com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que agora conta com um assistente virtual da Justiça Eleitoral para tirar dúvidas e oferecer informações e serviços.

Fake news em 2018

Nas eleições de 2018, o WhatsApp foi uma das principais ferramentas de distribuição de notícias falsas de caráter eleitoral. Empresários que apoiavam o então candidato Jair Bolsonaro, à época no PSL, teriam financiado disparos de mensagens em massa contra o PT. O próprio WhatsApp admitiu o envio ilegal em grande escala, o que é proibido na plataforma desde 2019.

O WhatsApp afirma também que implementou melhorias após as eleições de 2020. Naquele ano, foram banidas ou bloqueadas automaticamente (sem precisar de denúncias) mais de 64% das contas que descumpriam regras da plataforma ou da legislação eleitoral. Mas, para quem quiser relatar contas suspeitas manualmente, o canal de denúncias continuará funcionando em 2022.

Para este ano, o aplicativo também adiou para depois das eleições o aumento de 256 para 2.560 participantes nos grupos dentro da rede. Isso gerou críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL) à empresa.

"A plataforma está constantemente ampliando esforços para combater o envio de mensagens em massa, a criação de contas ou grupos de maneira automatizada, além de identificar e remover anúncios de empresas que oferecem serviços ilegais de disparos massivos e marketing político automatizado no WhatsApp. Em todos os casos judiciais em trâmite até o momento há decisões favoráveis ao WhatsApp determinando a interrupção do oferecimento desses serviços ilícitos", afirmou a empresa.

Twitter anuncia 'pacotão' eleitoral

Também preocupado com a possibilidade de ser usado como plataforma para a circulação de fake news eleitoral, o Twitter anunciou em 20 de julho novas iniciativas.

Existente desde abril, a etiqueta "Enganoso", que denuncia postagens com conteúdo falso, permanecerá levando aos "Moments", que é uma espécie de página criada dentro do Twitter com publicações confiáveis sobre o tema. No período eleitoral, que se inicia este mês, todos esses "Moments" estarão na aba "Eleições 2022".

A identificação de postagens falsas e verdadeiras será realizada por uma equipe de jornalistas que atua todos os dias durante 24 horas.

Este mês, o Twitter também prevê ativar um chatbot em parceria com a organização da sociedade civil Politize, para tirar as principais dúvidas do público. A conversa poderá ser iniciada com uma DM para o perfil da organização.