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Bizarro: perna-robô aprende a andar em 5 minutos sem qualquer programação

O novo algoritmo pode ser revolucionário para desenvolver próteses - Matthew Lin / University of Southern California
O novo algoritmo pode ser revolucionário para desenvolver próteses Imagem: Matthew Lin / University of Southern California

Luiza Ferraz

Colaboração para o UOL, em São Paulo

21/03/2019 04h00

A maioria dos robôs leva meses, até anos, para começar a interagir com o mundo à fora, mas esse estudo realizado pelos cientistas da Universidade do Sul da Califórnia (USC) pode ter feito uma descoberta revolucionária.

Eles criaram uma perna-robô, com algoritmos inspirados na anatomia animal, que consegue funcionar sozinha, sem qualquer tipo de programação. Para isso, ela usa uma espécie de tendão.

Esse experimento constitui um grande passo no ramo da tecnologia, para que os robôs consigam se adaptar a qualquer experiência, assim como os animais

Brian Cohn, co-autor do projeto, ao portal PC Mag

Segundo Ali Marjaninejad, engenheiro que participou do projeto, para que um robô aprenda algum tipo de movimento, é preciso de uma série de testes, simulações e repetições. Com essa nova tecnologia, isso não será mais necessário.

Agora, um robô é capaz de se adaptar a qualquer tipo de ambiente, desenvolvendo um mapa em sua mente, e interagindo, assim, como o que está a sua volta. Além disso, os pesquisadores perceberam alguns sinais de personalidade e reconhecimento facial nas máquinas.

"Eles usam a sua experiência, mesmo que limitada, para achar soluções para algum tipo de problema, e isso acaba virando um hábito. Hoje, temos vários tipos de personalidades: o preguiçoso, o guloso e assim vai", explicou Francisco Valero-Cuevas, engenheiro da equipe, em um artigo divulgado pela Universidade.

Com esse novo algoritmo, também será possível desenvolver próteses mais responsivas para pessoas com deficiências.

"Eu visualizo robôs coordenados por músculos e capazes de fazer o que um animal demoraria meses para conseguir, em apenas alguns minutos", finalizou Dario Urbina-Melendez, membro da equipe de cientistas, ainda à reportagem.