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Rede social de música é sucesso entre molecada; você conhece o Musical.ly?

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Márcio Padrão

Do UOL, em São Paulo

14/10/2016 06h00

Há dois anos surgiu o aplicativo Musical.ly com uma proposta até então pouco explorada: promover dublagens engraçadinhas pela internet. Mas no ano seguinte, o Dubsmash fez essa moda acontecer por algumas semanas. Mas passada a febre, vale ainda a pena uma rede social só sobre isso?

Bom, se você tem menos de 25 anos, adora as canções pop da última semana, acompanha jovens youtubers e tem uma autoestima muito grande para fazer seus videoclipes com estética de selfie, a resposta é sim. O Musical.ly parece ter sido feito sob medida para essa geração.

Disponível para iOS e Android, o aplicativo tem uma interface que mistura elementos familiares das demais redes sociais, como Instagram e Snapchat. Sua tela principal roda vídeos de destaque no app --ou seja, dos usuários mais seguidos, dentre eles cantoras como Selena Gomez e Ariana Grande, com 6,75 e 3,9 milhões de fãs respectivamente. Você desliza para cima ou para baixo para ver esses vídeos que estão bombando. 

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Abaixo tem outros quatro botões: um de busca por mais usuários; um central, amarelo, para criar um novo vídeo; um de tendências e mensagens do próprio app para todo mundo; e outro que mostra seu perfil, com os números de seguidores, fãs e curtidas, além de todos os posts.

A área de busca tem uma sequência colorida de hashtags que estão bombando em função de determinada música. Uma delas, por exemplo, era #SouFadona, da youtuber Kéfera para o filme "É Fada!", em versão acelerada. A própria Kéfera é usuária assídua do Musical.ly. Após clicar na hashtag, há um botão para você criar seu vídeo com a música em questão.

Na busca é possível encontrar usuários, tags e músicas também. 

Ainda não está claro quantas músicas estão disponíveis --fala-se em "milhões" na descrição do aplicativo na App Store-- ou como a equipe do app lida com os direitos autorais dessas canções. Mas o catálogo, em uma rápida olhada, tem Bruno Mars, The Weeknd, Robbie Williams, Nicky Minaj, Manu Gavassi e Karol Conká. E também tem sons não musicais, como áudios de comédia, além de algumas músicas nacionais.

O app também permite divulgar vídeos ao vivo, mas para criar um é preciso ter instalado no celular outro app da empresa, o live.ly. 

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Para criar um vídeo de até 15 segundos, você escolhe a música antes e aí aparece a tela de gravação. Há mais duas alternativas: filmar antes, sem música por cima; ou pegar um vídeo ou fotos salvos da memória do celular. Sim, fotos: dá para fazer um vídeo musical no estilo "slide de fotos" com elas.

E assim como no Instagram, você pode editar o ponto certo da música e adiciona filtros de imagem. Dá também para salvar no celular o seu "clipe" para postar em outras redes sociais.

Um recurso novo do Musical.ly é a "festa", que é convidar amigos para gravar vídeos em conjunto sobre um determinado tema.

Combinando música, juventude, senso de humor e narcisismo pós geração-Y, o Musical.ly pelo visto tem tudo para ser o próximo grande acontecimento em redes sociais móveis. Isso se Mark Zuckerberg não comprar o aplicativo antes disso.