Maior e com mais vitamina A: como é nova batata-doce criada no Brasil?

Com investimento e apoio, a ciência brasileira é capaz até mesmo de criar novos tipos de alimento.

Pesquisadores da Unesp (Universidade Estadual Paulista) criaram um novo tipo de batata-doce para combater a insuficiência de vitamina A. O novo tubérculo possui até 50% mais betacarotenos, uma das principais fontes da vitamina, é mais palatável e apresenta capacidade de até três vezes mais produtiva do que as plantas comuns.

A falta de vitamina A na dieta é um problema, porque pode prejudicar o funcionamento do sistema imunológico, deixando a pessoa mais sensível para pegar infecções graves, e prejudicar também o funcionamento da visão, podendo até causar cegueira
Laura Marise, Nunca Vi 1 Cientista

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Em mais um vídeo para o projeto Brasil do Futuro mostrando que o brasileiro precisa ser estudado, a divulgadora científica Laura Marise explica que crianças são as que mais sofrem com deficiência da vitamina A. Isso é grave, pois a ausência do nutriente eleva os riscos de mortalidade infantil.

O novo tipo de batata-doce foi desenvolvido por meio de cruzamentos naturais com outras espécies que possuem um nível maior de betacaroteno.

Além de ter mais vitamina, a nova batata-doce "dá mais batata" por hectare de terra e tem um formato e textura que são mais aceitos pelas pessoas, sendo mais fácil de descascar e mais firme
Laura Marise, Nunca Vi 1 Cientista

O professor Pablo Forlan Vargas, da Faculdade de Ciências Agrárias do Vale do Ribeira, em Registro (SP), aponta três grandes diferenciais da nova batata-doce:

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  • Capacidade produtiva superior à média nacional: chega a cerca de 45 toneladas por hectare, frente a aproximadamente 15 toneladas dos produtos atuais;
  • Poder nutricional: isso ocorre devido à quantidade elevada de betacarotenos em relação à batata-doce de polpa alaranjada americana, que foi importada para o Brasil e é a referência no país;
  • Formato: por ser mais longa, ela facilita o processo de descascar e também o preparo.

Este é apenas mais um exemplo de como a produção científica brasileira pode ter um impacto significativo no cotidiano das pessoas.

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