Entre adaptações e vitórias, Brasil fecha 2020 com eSports no protagonismo
2020 foi um ano que, acima de tudo, demandou adaptações. Na sociedade como um todo - das coisas mais simples às mais complexas, a pandemia do coronavírus mudou a lógica e exigiu mudanças imediatas. O esporte, evidentemente, não foi exceção. Campeonatos foram cancelados. Atletas acabaram infectados. De uma maneira ou de outra, ninguém passou impune. O cenário competitivo de games caminhou e deixou algumas lições para a temporada que está por vir.
A ausência de torneios presenciais foi, é claro, um duro golpe para todos. Jogadores, fãs, organizações, produtoras... À exceção de algumas competições, como o Mundial de League of Legends, em Xangai, por exemplo, perdemos a chance de ver arquibancadas lotadas e a criação de novas memórias para nosso repertório. O "novo normal" colocou, no esporte eletrônico, o profissionalismo em xeque. E a resposta foi boa.
É evidente que qualquer tipo de entretenimento fica em segundo plano em um momento como o que vivemos. Milhares de pessoas perderam suas vidas por conta da pandemia. Porém, há também que se ressaltar os esforços de quem manteve produtos vivos - entre eles, o esporte como um todo - na tentativa de ajudar na saúde mental de quem é atingido, diariamente, por tantas notícias complicadas.
No Brasil, especificamente, vimos a Riot Games adotar todas as medidas sanitárias necessárias para realizar a final do CBLOL no topo de um prédio, em um show memorável, que ficou na memória dos fãs. Assistimos também à Ubisoft adaptar todo um calendário global do Rainbow Six Siege, no qual o Brasil é muito forte, para uma lógica regional, mantendo a empolgação em torno das organizações locais e dos ídolos que atraem o público.
Tivemos a consolidação da FURIA, um dos casos de maior orgulho nacional perante os estrangeiros no Counter-Strike: Global Offensive dos últimos meses. Uma projeção ascendente digna de aplausos em todos os sentidos: captação de torcedores e patrocínios, construção de uma marca forte, elenco bem estruturado, mentalidade vencedora... Certamente, uma equipe a ser ainda mais observada em 2021.
O Free Fire também seguiu com seus números e estendeu ainda mais seu papel democrático entre os games para dispositivos mobile. Foram realizadas competições como a Copa das Favelas, iniciativa louvável dentro da periferia, para relembrar todos os dias o quanto é importante enxergar nos esports uma chance para tantos e tantos jovens despontarem como talentos de um cenário promissor.
E o que dizer dos streamers? Alexandre "Gaules" seguiu como o principal nome brasileiro do setor, ganhando destaque a nível mundial, batendo recordes e, o mais importante, entendendo como é necessário fortalecer os esportes eletrônicos como um todo, e não somente o seu game favorito, dialogando e aprendendo - fato, este, estampado pelo simbólico abraço emocionado com Bruno "Nobru" no Prêmio eSports Brasil deste ano.
Trabalhar com games e entender o competitivo é um exercício de renovação diária. Em 2020, esse processo foi muito mais complexo e demandou desdobramentos de todas as partes. Que o próximo ano seja de realizações e desafios superados para todos. Feliz 2021!
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