Record veta cenas de sacrifício animal em "Os Dez Mandamentos"
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A novelista e escritora Vivian de Oliveira está certa ao dizer que a nova fase de “Os Dez Mandamentos”, que estreia hoje na Record, vai “causar”. Já está causando e toda a cúpula da Globo certamente estará de olho na volta da novela que chegou a derrotá-la no ibope no ano passado.
Mas, se há uma coisa que “Os Dez Mandamentos - parte 2” não vai “causar” é em relação ao sacrifício de animais --algo corriqueiro nos templos bíblicos, no judaísmo.
No mês passado o apresentador Rodrigo Hilbert foi “linchado” moralmente na internet porque mostrou o abate de um filhote de ovelha para fazer um churrasco, em seu programa na GNT.
Hilbert e sua família chegaram a ser ameaçados, e a emissora ficou numa terrível saia justa, tendo de reeditar não só o programa da ovelha como outros. Até mesmo anunciantes passaram a fugir do apresentador, por causa da repercussão negativa. Ele chegou a ter de pedir desculpas pela cena.
É justamente desse tipo de “causar” que a direção da Record quer passar longe.
Na primeira fase de “Os Dez Mandamentos”, no ano passado, foram mostradas reconstituições bíblicas em que animais morriam (por praga).
E também quando os judeus passam sangue de filhotes imolados nos batentes das portas de entrada de suas casas, para protegê-los de outra praga que abateria as crianças egípcias --inclusive o filho de Ramsés.
Estava óbvio, portanto, nesse caso que animais foram sacrificados, mas em nenhum momento a emissora mostrou a imolação. E não vai mostrar agora justamente para não “causar”.
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