Chamado de 'Vovozinho': quem é o jornalista preso por tráfico de drogas

O jornalista Marcelo Carrião, ex-apresentador do SBT, preso nesta quarta-feira (28) numa operação contra o tráfico de drogas na Baixada Santista, demonstrava paixão pelo surfe e pelo time Santos Futebol Clube.

O que aconteceu

A Polícia Civil prendeu oito envolvidos no tráfico "disk droga". Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em Santos e São Vicente. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, foram apreendidas mais de 4 mil porções de drogas, uma pistola 9mm e diversos celulares.

E um dos detidos na operação é Marcelo Carrião, identificado nos registros policiais pelo apelido de "vovozinho". O caso foi registrado como tráfico de drogas, associação criminosa e porte ilegal de arma de fogo.

Nascido em Osasco, na Grande São Paulo, Carrião tem 51 anos, é casado e pai de dois filhos. É formado em jornalismo pela Universidade Católica de Santos, na Baixada Santista.

Ele começou a carreira na TV Mar, afiliada da TV Manchete na região, ainda nos anos 1990. Em 2005, foi contratado pela Record, onde trabalhou até 2011. Teve uma rápida passagem pela TV Gazeta.

Em fevereiro de 2012, o profissional foi contratado pelo SBT: realizava entradas ao vivo e reportagens para editorias de cotidiano, esporte, polícia e comportamento. Carrião também foi apresentador do "SBT Notícias". Ele permaneceu na emissora de Silvio Santos até janeiro de 2019.

Em seu perfil, no Instagram, ele se autodefine "como um surfista-jornalista que costuma sorrir para a vida".

O último registro publicado pelo repórter foi nas arquibancadas do Morumbi, quando foi assistir ao jogo do Santos (pelo qual torce) contra o São Bernardo, em partida válida pelo Paulistão, com um público de mais de 50 mil pessoas, no último domingo (25). "Ah, ha, uh, hu, o Morumbis é nosso", escreveu ele, feliz e sorridente.

No LinkedIn, chegou a ser criticado por outros usuários ao comentar a preparação de sanduíches para doação nas filas de emprego: "Muito melhor do que doar para a população de rua, o que ajuda a perpetuar a condição de desalento da pessoa."

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Procurado por Splash, o advogado de Carrião afirmou que a droga encontrada com ele era para consumo próprio.

A defesa irá impetrar um Habeas Corpus para o jornalista, para que responda em liberdade. Marcelo além de primário, de bons antecedentes, reside mais de 15 anos no mesmo endereço, não tem relação com nenhum dos demais indiciados e, a droga apreendida destinar-se-ia ao seu próprio consumo. À luz da Constituição Federal da República, a prisão preventiva deve ser adotada em casos excepcionais, medida de última ratio, acrescento. Marcelo Cruz, advogado do ex-apresentador

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