Turnê histórica e números bilionários: como Taylor Swift dominou 2023

Taylor Swift dominou as manchetes em 2023. A turnê que quebrou recordes no Brasil e no mundo, o sucesso comercial de seu catálogo e o namoro com o jogador de futebol americano Travis Kelce foram alguns dos assuntos mais comentados dos últimos meses. Saiba como foi ano da cantora:

Swift tem turnê mais lucrativa da história e foi artista mais ouvida do ano

A "Eras Tour", que passou pelo Brasil em novembro, é a primeira na história a lucrar US$ 1 bilhão (cerca de R$ 4,8 bilhões). A turnê, que começou em março deste ano, se estenderá até dezembro do ano que vem, quando passará pela Ásia, Oceania e Europa. O show tem mais de três horas de duração e revisita toda a carreira da cantora (exceto o primeiro disco), com 44 músicas no repertório.

Artista foi a mais ouvida do ano no mundo e tem o filme de show mais lucrativo da história. As faixas da cantora foram ouvidas mais de 26 bilhões de vezes no Spotify, no mundo todo, desde o dia 1º de janeiro. O filme da "Eras Tour" também se tornou o mais lucrativo na categoria de shows, faturando mais de US$ 179 milhões (mais de R$ 870 milhões). A produção ainda está concorrendo ao Globo de Ouro na categoria de conquista cinematográfica e de bilheteria.

Swift também entrou para a lista de celebridades bilionárias da Forbes. Ela é a 4ª artista musical a entrar para o ranking da publicação. Diferente de outros, porém, a cantora chegou ao bilhão apenas com a música, sem investir em outros negócios lucrativos — como fez Rihanna com sua marca de maquiagem Fenty Beauty, por exemplo.

Ela foi a primeira cantora a ser nomeada Pessoa do Ano pela revista americana Time. "Em um mundo dividido, em que muitas instituições estão falidas, Taylor Swift encontrou um jeito de transcender fronteiras e ser uma fonte de luz. Ninguém no planeta consegue comover as pessoas tão bem", disse o editor-chefe da revista, explicando a escolha.

O namoro com o jogador de futebol americano Travis Kelce também está impulsionando a economia de Kansas, nos EUA. Além do burburinho nas redes sociais, a presença da cantora na cidade americana para os jogos do Kansas City Chiefs, time de seu namorado, está gerando lucro para restaurantes, docerias e marcas de roupas locais, que estão capitalizando no romance com produtos personalizados. Até as vendas do uniforme com o nome do rapaz aumentaram após o relacionamento se tornar oficial.

Turnê pelo Brasil foi marcada por morte de fã

Passagem da "Eras Tour" foi marcada por tragédia no Rio de Janeiro: a morte da fã Ana Clara Benevides. A primeira turnê de Taylor Swift ao Brasil começou com uma homenagem inédita no Cristo Redentor. Na primeira noite, de calor intenso no Engenhão e sensação térmica de mais de 40 ºC, a fã Ana Clara Benevides morreu no início da apresentação da cantora. Fãs também relataram ter sofrido queimaduras com uma estrutura metálica posicionada na frente do palco. O segundo show na cidade foi adiado devido às altas temperaturas, causando caos no entorno do estádio. Além disso, a comitiva da cantora foi investigada pela Polícia Civil por cobrir as placas dos carros.

No dia seguinte à morte de Ana Clara, o ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou a permissão da entrada de garrafas de água em shows. "As empresas produtoras de espetáculos com alta exposição ao calor deverão disponibilizar água potável gratuita em 'ilhas de hidratação' de fácil acesso. [...]", afirmou o ministro na ocasião.

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Em São Paulo, os shows aconteceram sem grandes problemas e quebraram recordes de público no Allianz Parque. A família de Ana Clara Benevides estava presente no último show da turnê no país.

Impacto na economia das cidades foi de centenas de milhões de reais. Cálculos da prefeitura do Rio estimaram um impacto econômico de R$ 158 milhões considerando a venda de ingressos e gastos dos fãs com transporte e alimentação. A média de ocupação hoteleira na cidade no período foi de 93,54%, segundo o HotéisRIO. Em São Paulo, a Secretaria de Turismo indicou uma movimentação financeira total de R$ 803,7 milhões gerada pela turnê, e segundo a ABIH-SP, houve um impacto de 12% sobre a taxa de ocupação no período.

O Procon de São Paulo multou a empresa Time For Fun/Tickets For Fun em R$ 626 mil por problemas nas vendas de ingressos para a turnê de Taylor Swift e de duas edições do Lollapalooza. A multa foi aplicada com base em respostas obtidas por meio de pedidos de esclarecimentos à empresa, análise de "Perguntas Frequentes" e "Termos e Condições" disponíveis no site oficial, em reclamações de consumidores, em matérias jornalísticas, falta de respeito às próprias regras de filas virtuais para compra de ingresso e irregularidades na venda de meia-entrada e devoluções de taxa de conveniência.

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