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MC Pipokinha rebate críticas a show: 'Sua mãe não te fez lendo a Bíblia'

De Splash, em São Paulo

21/01/2023 04h00

MC Pipokinha, famosa pelas coreografias explícitas no palco, rebate em entrevista a Splash as críticas feitas a seu show. E faz questão de corrigir: o que ela faz não é show, é espetáculo.

"No meu espetáculo, eu canto músicas vulgares, as minhas roupas são bem curtas, são músicas pesadas, sim. Mas não é nada fora da sua realidade. Até porque, para a sua mãe te fazer, te garanto que ela não fez ajoelhada lendo a Bíblia. Foi ajoelhada fazendo outra coisa."

Quando uma atriz se apresenta, ela ensaia para aquilo. Ela se prepara e estuda para fazer aquela apresentação. A minha apresentação também, eu me preparo e estudo para fazer. É um teatro. Até porque os meus dançarinos também são profissionais que trabalham, estudam há anos para fazer essas performances. Então ninguém ali tá de brincadeira.

"Eu quero que as pessoas saiam [do espetáculo] em choque, com um monte de pergunta de interrogação na cabeça, sem entender", completa.

Acidente. Pipokinha relembrou o episódio da semana passada em que um dos dançarinos chutou o rosto de uma fã no palco: "Nem todo mundo que está ali entende que tem que ficar preparado para a nossa apresentação. Às vezes as pessoas estão tão emocionadas, alteradas, com álcool na cabeça, que elas não conseguem obedecer. Acabam saindo do roteiro."

Ela afirma que a menina está bem: "Depois ela já saiu bem, foi lá dançar, foi viver a vida, né? Não é boba".

Funk proibidão. "As pessoas acham que o funk proibidão é só desvalorizando a mulher, é só falar que ela é um objeto e deu. E não, não é assim. Da mesma forma que o cara quer se satisfazer, eu também quero, mas não é assim, uma bagunça", argumenta Pipokinha.

"Estamos no século 21 e aqui quem manda... Vamos dizer que são as mulheres, a gente tá num poder muito grande hoje. Era tudo barrado para nós e só tínhamos que aceitar, abaixar nossa cabeça e tudo bem. E hoje não. Hoje, ao contrário: nós que falamos para eles abaixarem a cabeça porque não é como eles querem."