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Repórter que chorou ao vivo foi tenente do Exército antes da Globo

Flávio Fachel se emocionou ao cobrir a tragédia em Petrópolis (RJ) - Reprodução/TV Globo
Flávio Fachel se emocionou ao cobrir a tragédia em Petrópolis (RJ) Imagem: Reprodução/TV Globo

De Splash, em São Paulo

17/02/2022 16h42Atualizada em 17/02/2022 21h48

O gaúcho Flávio Fachel, de 56 anos, é apresentador e editor-executivo do Bom Dia Rio (TV Globo) desde 2013 e não conteve as lágrimas ao cobrir a tragédia de Petrópolis (RJ) causada pela chuva. Como repórter, ele chorou ao vivo no telejornal que apresenta enquanto falava com a colega Silvana Ramiro, que estava nos estúdios Globo, no Rio.

Presente na tela da Globo desde 1993, sendo os primeiros seis anos na afiliada RBS, no Rio Grande do Sul, ser jornalista não foi a primeira profissão nem o sonho de Fachel.

De acordo com o Memória Globo, Flávio Lampert Fachel sonhava ser publicitário, a exemplo da carreira do pai. Filho de Renato Basso Fachel e de Rejane Teresinha Lampert Fachel, ainda menino, via com admiração o trabalho na área de comunicação.

Porém, ele começou a cursar engenharia civil aos 16 anos e quando terminou a faculdade aos 19, ele se alistou para o serviço militar e deixou Porto Alegre rumo a Manaus. Lá, ele serviu como tenente do Exército após concluir o curso de Formação de Oficiais da Reserva.

Fiquei lá cinco anos e trabalhei no Colégio Militar, na área de administração. Era do serviço de intendência e cuidava de compras, orçamento. Flávio Fachel ao Memória Globo

Com sonho vivo de ser publicitário, ele não encontrou essa graduação na capital do Amazonas. Finalizado o curso do Exército, ele voltou para terras gaúchas para terminar a segunda faculdade e em 1993 recebeu o diploma de jornalista. No mesmo ano entrou no Grupo RBS, atuando como editor e repórter.

Em 1998, após seis anos na RBS, Fachel voltou para Manaus, sendo o repórter responsável pela cobertura da Amazônia para os jornais da rede nacional na TV Globo por dois anos. Sua atenção aos povos amazônicos lhe rendeu o Prêmio Interamericano de Jornalismo Ambiental.

Já em 2000, ele foi para o Rio de Janeiro, onde ficou por dez anos. Foi no Rio que ele ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo, graças às reportagens-denúncias em série sobre a "feira livre" de drogas no Complexo do Alemão, em 2001. Chega 2010 e Fachel se muda para Nova York onde passa a ser correspondente internacional da Globo. Ele volta ao Rio em 2012.

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Flávio Fachel apresentou pela primeira vez o Jornal Nacional em 19/01/2019
Imagem: Reprodução/TV Globo

Já estabelecido no Bom Dia Rio, em janeiro de 2019, Fachel estreia na bancada do Jornal Nacional na vaga de Chico Pinheiro, do Bom Dia Brasil (TV Globo), após 21 anos de trabalhos diretos aos Marinho.

Em outubro do ano seguinte, já na pandemia, o apresentador foi enfático ao criticar em uma rede social a fala do presidente Jair Bolsonaro de que não haveria compra de "vacina da China", se referindo à CoronaVac.

Nenhum presidente, seja ele qual for, não tem autoridade suficiente para abrir mão de qualquer vacina para a covid-19, venha ela de onde vier. É imoral e quase criminoso pretender isso. Fachel

As lágrimas na tragédia de Petrópolis agora em 2022 não foram as primeiras que o apresentador deixou cair enquanto estava ao vivo na TV. Ano passado ele também chorou, e foi por algo positivo: a notícia da vacinação para os idosos no Rio, em janeiro de 2021.