200 jogos da seleção e oito Copas: Tino Marcos respirava esporte na TV
Depois de quase 35 anos, Tino Marcos resolveu colocar um ponto final em sua história com a Globo. Um dos mais célebres repórteres esportivos decidiu dedicar mais tempo à família e sua vida pessoal, mas deixa uma trajetória marcada por grandes momentos.
Sabedor de que chegaria, vira e mexe eu pensava nele: o dia em que sairia da Globo. Ele deveria ser planejado pra, então, ser festejado. E chegou desse jeitinho mesmo. Com uma sensação bombando, justo a que eu mais desejava: a gratidão. Obrigado a tantos, de tantas gerações.
Desde a infância
A paixão pelo esporte e também pelo jornalismo vem desde cedo. Na infância, Tino já era vidrado em ler notícias esportivas. Depois de se formar na faculdade, chegou a trabalhar em dois jornais impressos antes de migrar para a TV.
Desde pequeno, sempre fui um consumidor voraz de noticiário esportivo. Frequentador de Maracanã, ouvia rádio e lia jornal. Não se concebe um jornalista esportivo que não sabe quem foi o campeão mundial de 1954.
Tino, em entrevista ao Memória Globo
Verde e amarelo
Na emissora, Tino se tornou o jornalista que mais tempo esteve cobrindo a seleção brasileira: foram mais de 200 jogos! Tanta proximidade resultou em laços mais estreitos com ídolos como Romário e Ronaldo Fenômeno.
Ronaldo tirou a chuteira e me deu. Fiz a passagem para o Jornal Nacional segurando a chuteira com a qual ele tinha feito o gol da vitória.
relembra Tino, sobre a cobertura da vitória do Brasil sobre a Turquia na Copa de 2002
Falando em Copa...
Tino tem história pra contar quando se trata de Copa do Mundo. Ele cobriu as últimas oito, acompanhando a conquista do tetra, nos EUA, em 1994, e também do penta, na Coreia do Sul, em 2002.
Tino ainda acompanhou Olimpíadas, Jogos Pan-Americanos, Copa América, Copa das Confederações... Ele estava lá em Atenas, em 2004, quando o corredor Vanderlei Cordeiro de Lima, que liderava a maratona, foi derrubado por um fanático religioso.
Como despedida, Tino produziu uma série sobre as Olimpíadas de Tóquio, que ainda deve ir ao ar neste ano. Enquanto a pandemia não cessa, seu plano é o de aproveitar a vida em família.
Não sei quando vamos voltar a ter a plenitude. E quando vamos voltar? Não sabemos como está o mundo. Minha filha se formando na faculdade, minha esposa se aposentado, perdi os meus pais. 2021 está me trazendo muitas novidades. Por agora é isso. Ficar em casa o máximo que eu posso.
em entrevista ao GE
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