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De Beyoncé a sapataria tour: Wanessa Camargo já fez de tudo e pode provar!

Wanessa Camargo
Wanessa Camargo
Hyan Pereira/Divulgação

De Splash, em São Paulo

16/10/2020 04h00

Wanessa Camargo tem história! Afinal, a cantora acaba de completar 20 anos de carreira. Sim, pode se sentir velho. Faz duas décadas que Wanessa faz sua própria música, tempo suficiente para muitos hits e também "causos" divertidos.

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Wanessa já abriu a vida em reality bem antes de ser modinha (quem lembra dela no "Família MTV", em 2003?), virou meme mais de uma vez (alô, sapataria tour), já causou em festival por amor aos fãs, já cantou em todos os principais programas de TV. E até do show da Beyoncé ela já participou, lembra?

A Wanessa relembrou tudo isso em um papo descontraído com a gente. E, claro, riu dos memes!

Privilegiada? Sim. Queridinha? Nem sempre. Aos 37 anos, Wanessa não precisa mais provar nada a ninguém! Mas nem sempre foi assim...

Eu sempre acreditei que só estava lá porque era filha do Zezé. Eu tinha autoestima, mas uma autoestima ilusória para sobreviver, para não cair e me manter.

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Pois é. Hoje está (quase) todo mundo batalhando para se desconstruir, e ela também. Em um papo intimista com Splash, Wanessa Camargo admitiu que ouviu tanto que só fazia sucesso por causa do sobrenome que carrega, que um dia ela até acreditou nisso.

Eu nunca fui permitida por mim mesma a me questionar porque sempre fui criada como todos nós, seguindo uma cartilha que já nos foi dada desde que a gente nasce. Pelos pais, que inconscientemente fazem isso, pelos nossos professores, mestres [...] A mente fica intoxicada de crenças limitantes.

Mas a era da desconstrução chega para todos, e Wanessa soube aproveitar o tempo em casa —uma raridade antes da pandemia— para o autoconhecimento e para um novo trabalho. O álbum "Universo Invertido", que ela lançou na semana passada, é um reflexo da nova fase. Só não ache que o processo foi fácil.

A sensação que a gente tem é que se a gente desconstruir a gente perde amigos, dinheiro, status. As pessoas vão achar a gente meio louca. Por desgarrar do gado, por ser cavalo livre. Então é um caminho solitário e assusta.

Para entender seu novo processo e compartilhá-lo com quem gosta dela, Wanessa usou a música. O resultado está no novo disco, que tem o nome inspirado na pirâmide invertida, símbolo do feminino, universo que ela mergulhou para se entender melhor como mulher e artista.

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É uma história de busca de consciência. Eu fui percebendo caminhos na minha música. E as que lancei agora cada uma se encaixa em um grau de consciência. Hoje elas fazem sentido juntas e contam uma história. É o começo de um dos universos que eu vou mostrar para as pessoas.