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'No Limite' peca por final sem sangue, suor e lágrimas
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Imagina que você acompanha a carreira de um lutador que, finalmente, terá a chance de disputar o cinturão da categoria. Só que justo neste momento, lutar deixa de ser o critério para definir o vencedor. O campeão será escolhido através de uma votação popular. Como assim? Pois é, essa foi a minha sensação ao assistir a final do "No Limite", na noite desta terça-feira (20).
A galera comeu o pão que o diabo amassou, enfrentou chuva, frio, sol escaldante, foi testada física e psicologicamente nas provas, para deixar nas mãos do público a escolha de quem mereceria levar os R$ 500 mil? Eu comecei vendo "No Limite" e acabei no "Big Brother Brasil". Afinal, é o reality comandado por Tiago Leifert que se pauta na votação popular para consagrar o vencedor, não é mesmo?
É inconcebível um programa dessa natureza não ter uma prova final decente, daquelas de deixar a gente com o coração na boca. Porque, sim, o campeão tinha que ter saído de uma que mostrasse ainda mais a sua resistência, que o levasse ao extremo mesmo. Como aconteceu na primeira edição do reality, em que a cabeleireira Elaine superou literalmente seus limites no mar revolto e nas dunas para se tornar a campeã daquela temporada.
Sem contar que a dinâmica do último programa foi uma das coisas mais cringe que vi nos últimos tempos! Sério. Eu jurava que Marisa Orth entraria para revelar o vencedor com a mesma falta de entusiasmo que anunciou o primeiro eliminado da história do "BBB". O suspense que André Marques quis imprimir antes de revelar que Paula era a campeã, deu o tom de toda uma noite pautada pelo anticlímax. Depois, o que se viu foi uma conversa burocrática do apresentador com a ganhadora, e a tentativa de consolo a Viegas, que ficou com o segundo lugar e R$ 100 mil. Além dos abraços protocolares entre os participantes, durante a subida dos créditos do programa.
Na verdade, o encerramento de "No Limite" não teve o que mais se espera deste tipo de reality: sangue, suor e lágrimas.
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