Parada de piratas: como é a ilha brasileira que pode esconder um tesouro

O pesquisador Marcos Juliano Ofenbock, de 45 anos, acredita que um pirata curitibano escondeu um tesouro na Ilha da Trindade, no Espírito Santo. Ele está no local em busca do tesouro perdido.

A Ilha da Trindade é considerada a "Amazônia Azul" brasileira, segundo a Marinha. Saiba mais sobre o local:

Berçário de tartarugas e lar de aves raras

A ilha fica a 1.200 quilômetros da costa do Espírito Santo, no Oceano Atlântico. A distância para a África é de 2.400 quilômetros.

É o maior berçário de tartarugas verdes do país. A ilha também tem uma floresta de samambaias gigantes e aves raras.

A temperatura média anual no local é de 25,2 ºC. O mês de fevereiro é o mais quente, com 30,2 ºC.,

Perto de Trindade está outra ilha, a de Martim Vaz, que não tem presença humana. O local só abriga caranguejos e aves migratórias. Ambas são unidades de conservação oceânica do Brasil.

A ilhas de Trindade e Martim Vaz têm apenas 10,5 quilômetros quadrados. A área é equivalente à metade do arquipélago de Fernando de Noronha.

Ilha já foi parada de piratas

A ilha surgiu há 3 milhões de anos e tem origem vulcânica. A última erupção no local aconteceu há 50 mil anos.

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O território foi descoberto em 1501. A ilha já foi utilizada como ponto de apoio marítimo para traficantes de pessoas escravizadas e piratas ingleses.

Cabras foram deixadas na ilha, devastando o local, durante o período das navegações. A Marinha brasileira retirou os animais e replantou a vegetação.

Ela foi incorporada ao território brasileiro em 1822, com a proclamação da independência do país. Em 1895, os ingleses tentaram tomar o local. Mas, dois anos depois, o Brasil conseguiu retomar a posse por canais diplomáticos. Em 1924, a ilha chegou a ser utilizada para abrigar detentos políticos.

Uma expedição foi enviada ao local para planejar a ocupação da ilha em 1950. Em 1957, foi criado o Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade, administrado pela Marinha, que existe até hoje.

Em 2011 foi inaugurada a Estação Científica da Ilha da Trindade, que pode alojar até oito pesquisadores. Hoje, para entrar na ilha, é preciso ter autorização. Pesquisadores e jornalistas têm acesso permitido —os demais casos precisam ser avaliados pela Marinha.

E o tesouro?

Saque a galeão espanhol. O curitibano Marcos Juliano Ofenbock pesquisa há quase 20 anos a história de que um pirata teria vivido e morrido em Curitiba, após participar de um ataque a um galeão espanhol que transportava riquezas do Peru. A saga de Ofenbock foi revelada pela coluna Histórias do mar.

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O pirata teria ajudado a esconder a valiosa carga na ilha da Trindade. Ofenbock acabou convencendo órgãos públicos, como o Instituto Histórico do Paraná e a Marinha do Brasil, além da Universidade Federal do Paraná, a apoiarem o seu projeto, que tenta encontrar vestígios do tesouro na ilha.

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