Topo

Esqueça a neve! Bariloche no verão tem paisagens lindas e até 'esquibunda'

Bariloche, na Argentina - Reprodução/Delfine Iacub/Unsplash
Bariloche, na Argentina
Imagem: Reprodução/Delfine Iacub/Unsplash

De Nossa

16/11/2022 04h00

O sonho de ver a neve de perto para muitos brasileiros pode ser realizado em uma viagem para Bariloche, na Argentina. O tempo de viagem é rápido: em quatro horas o avião pousa em um aeroporto modesto e enquadrado por montanhas com os topos congelados. Aos que desconhecem a neve, a vista logo ali já transmite muito do que ouvimos falar do local.

Dos cachorros — ou quase ursos — da raça São Bernardo até os chocolates e casas com a arquitetura simples, mas encantadora.

Além de tais clichês sobre Bariloche, agora há uma tentativa de fazer com que a "Suíça da América do Sul", como alguns a chamam, atraia turistas brasileiros para além da temporada de inverno, mas também de verão.

Uma das iniciativas recentes foi a implementação de voos diretos de São Paulo o ano todo para a cidade argentina — são quatro viagens diretas por semana, além de outras três com conexão em Buenos Aires.

Com pouco mais de 130 mil habitantes, como uma cidade de interior, as atrações se destacam por estarem nos entornos: próximos aos lagos dignos de um papel de parede no computador ou quadros de museu. E principalmente do alto, onde a perspectiva do visitante é de estar no pico do mundo.

Preferencialmente, sempre muito bem agasalhado.

Vista de Bariloche, na Argentina, do alto - Thayran Melo/Unsplash - Thayran Melo/Unsplash
Vista de Bariloche, na Argentina, do alto
Imagem: Thayran Melo/Unsplash

O horizonte azul

Lago Nahuel Huapi em Bariloche, na Argentina - Getty Images - Getty Images
Lago Nahuel Huapi em Bariloche, na Argentina
Imagem: Getty Images

Um dos passeios que garantem bons registros — seja para um álbum de fotos ou para o feed do Instagram — é o velejo pelo Nahuel Huapi. Definitivamente, um dos lugares mais pacíficos para a viagem. O silêncio é predominante. Sobretudo, confortante.

O rolê é acompanhado pelo capitão, uma espécie de George Clooney argentino, que apresenta alguns dos lugares mais impressionantes ao redor do lago, como a área de Puerto Blest, lugar que mais chove em Bariloche, e o Cerro Ventana, com restos de fósseis marinhos incrustados de 60 milhões de anos.

Lago Nahuel Huapi, em Bariloche - Florian Delée/Unsplash - Florian Delée/Unsplash
Lago Nahuel Huapi, em Bariloche
Imagem: Florian Delée/Unsplash

O veleiro El Orgulloso é uma das opções para quem quiser embarcar nessa viagem. Com capacidade para até seis pessoas, navega-se por cerca de quatro horas e tem direito até a um momento de glamour com vinhos, queijos e outros frios.

Aos interessados: é preciso desembolsar a partir de 40 mil pesos para grupo de quatro pessoas, cerca de R$ 1,3 mil, em conversão atual.

Além do passeio de veleiro, no verão, é possível também realizar outras práticas mais radicais, como canopy, rafting, mergulho com instrutor e stand up paddle.

Os esportes radicais

Tirolesa no Piedras Blancas, em Bariloche, na Argentina - Divulgação - Divulgação
Tirolesa no Piedras Blancas, em Bariloche, na Argentina
Imagem: Divulgação

Para quem não tem medo de altura, há indicações de atrações para desfrutar no parque Piedras Blancas. Uma delas — e uma das mais cobiçadas, a julgar pelas filas — é o zipline. Basicamente uma tirolesa em que o visitante flutua pelas montanhas argentinas por 1,5 km.

As instruções são básicas e é possível controlar a própria velocidade por si só. Só não espere que, em algum momento, seja devagar. Tudo é feito a partir do controle de uma barra equipada ao corpo, junto aos outros acessórios de proteção, como o capacete, por exemplo.

Outra opção, mais tranquila, é o "esquibunda". Formalmente chamado de: trenós na neve.

Há duas opções de pistas, uma adulta e uma infantil. No total, 3 mil metros de plano escorregadio — e tombos.

Por fim, mas não menos importante, está disponível também o Hamaca K1. O menos inofensivo de vista, mas o que pode dar mais medo quando experimentando. Trata-se de um balanço, montado em cima de uma rocha alta, em que você se senta e sente os pés baterem no ar. A uma altura impressionante.

K-1 Mirador de Bariloche - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
K-1 Mirador de Bariloche
Imagem: Reprodução/Instagram

Os ingressos variam de 4,5 mil pesos, cerca de R$ 150, até 15 mil pesos, aproximadamente R$ 500, a depender do número de atividades realizadas.

Com neve (ou sem neve)

Vista do Cerro Catedral, em Bariloche - Getty Images - Getty Images
Vista do Cerro Catedral, em Bariloche
Imagem: Getty Images

O Cerro Catedral é uma das principais atrações de Bariloche. Não à toa. É o maior centro de esqui da América do Sul.

Além da pratica de esqui, a mais procurada no local, há também a possibilidade de outras atividades como snowboarding, caminhada, trekking circuitos de mountain bike e, claro, uma vista única das redondezas.

Visitante praticando snowboarding no Cerro Catedral, em Bariloche - Federico Persiani/Unsplash - Federico Persiani/Unsplash
Visitante praticando snowboarding no Cerro Catedral, em Bariloche
Imagem: Federico Persiani/Unsplash

Já o Cerro Otto, mais próximo a região central da cidade, é menor, mas mais acessível em termos de distância.

Por lá, a subida pelo teleférico também proporciona uma vista deslumbrante — e digna de registros para nutrir as redes sociais. O valor de ida e volta é de 4,5 mil pesos, aproximadamente R$ 150.

Cerro Otto, em Bariloche, na Argentina - Getty Images - Getty Images
Cerro Otto, em Bariloche, na Argentina
Imagem: Getty Images

Cerveja de sobra

Cervejaria Patagônia em Bariloche, na Argentina - Divulgação - Divulgação
Cervejaria Patagônia em Bariloche, na Argentina
Imagem: Divulgação

No calor ou no frio, em Bariloche não faltam oportunidades para beber cerveja — além dos vinhos, que podem sair muito baratos em consequência da produção local e da cotação do peso argentino.

Para quem quiser conhecer a fundo como é feita a produção da bebida alcoólica, a Cervejaria Patagônia, localizada no Circuito Chico. Quem quiser realizar um tour, com um funcionário que te explica todos os bastidores da cerveja até chegar ao seu copo, é preciso uma reserva.

Tour pela fábrica de cervejas da Patagonia - Divulgação - Divulgação
Tour pela fábrica de cervejas da Patagonia
Imagem: Divulgação

Há três opções: o tour pela microcervejaria, que custa 1,2 mil pesos (R$ 40); o Con Cata, de 4,5 mil pesos (R$ 150), que conta com harmonização de cervejas e chocolates; e o Con Maridaje, por 7,5 mil pesos (R$ 250), incluindo o jantar com entrada, prato principal e sobremesa.

Bar para clientes tomarem a cerveja após o tour pela fábrica - Divulgação - Divulgação
Bar para clientes tomarem a cerveja após o tour pela fábrica
Imagem: Divulgação