Restaurante que inspirou livro polêmico que revelou Bourdain reabre em NY

Um clássico da "cidade que nunca dorme", o restaurante La Brasserie — conhecido antes como La Brasserie Les Halles — em que Anthony Bourdain foi chef nos anos 90 e que inspirou seu livro mais famoso, "Cozinha Confidencial", sobre os bastidores da gastronomia, finalmente reabriu em Nova York.

A casa, que estava fechada desde março de 2016, ofereceu um breve serviço durante a pandemia por um nobre motivo. Entre 9 e 11 de julho de 2021, o restaurante recebeu os primeiros clientes para uma série de homenagens à vida de Bourdain e ao seu legado como expert em cozinha e documentarista de viagens da CNN para o lançamento de "Roadrunner: A Film About Anthony Bourdain".

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O antigo Les Halles foi comprado por Francis Staub no mesmo ano da morte do seu ex-comandante, em 2018. O francês, que fez seu nome no meio por ter criado a marca de aparatos premium de cozinha Staub Cookware, decidiu manter parte do nome, do endereço no número 411 da Park Avenue e do espírito do antigo chef da casa, presente em referências do cardápio e do ambiente reformulado.

O proprietário teria conhecido Anthony Bourdain alguns anos antes de sua morte, quando dividiram pontos de vista sobre sua paixão em comum, a gastronomia. A nova Brasserie, prestando as devidas homenagens, seria inaugurada em 2020, mas devido à pandemia a data de reabertura foi adiada.

Agora em pleno funcionamento, ela conta com Jaime Loja — ex-Brasserie Ruhlmann — como chef executivo e mantém a tradição de um bom menu francês deste tipo de estabelecimento, com pratos clássicos como peito de pato, bouillabaisse (ensopado de peixe provençal), foie gras torchon (fígado de pato ou ganso cozido) e steak tartare (preparação com carne moída crua, ovo, pimenta, molhos e temperos diversos), segundo a revista Time Out New York.

Além disso, pratos específicos para brunch e sobremesas foram incluídos no cardápio, que também mantém a receita tradicional de filé com batatas de Bourdain. O prato, que é o mais "salgado" do restaurante, sai por US$ 43 (R$ 222). Há opções mais econômicas, como o cheeseburguer com fritas por US$ 26 (R$ 134) e o paillard de frango, que custa US$ 31 (R$ 160).

Entre as bebidas, boa parte da carta de vinhos tem rótulos franceses, mas há opções de coquetéis e cervejas de paladar internacional. Ao site WWD, Staub disse que sua intenção com La Brasserie é ser "clássico e inovador ao mesmo tempo" e que se encantou com a casa — até mesmo com o piso — logo na primeira visita. "É um lugar incrível, lindo".

Por isso, ele tomou a decisão de manter o tal piso e muito do teto trabalhado do antigo Les Halles, assim como outros toques da decoração. Ele diz que sabia que frequentadores eram apegados ao ambiente e ao visual da casa.

"A gente nunca pode esquecer que um restaurante não se faz só com comida. É uma reunião social. A gente tem que conversar com as pessoas, ser feliz com elas, encontrar novos amigos. Tomar um drinque com alguém e comer. Comida é serotonina. Se você sempre almoça ou janta na sua casa, mamma mia, é entediante. Você tem que se sentar do lado de fora com outras pessoas. Eu quero conhecer os outros. E, para mim, não há melhor lugar que um restaurante", filosofou.

La Brasserie Francis Staub fica aberta sete dias por semana. Entre segunda e sexta, o almoço é servido das 11h30 às 15h, aperitivos das 15h às 18h e o jantar das 17h30 às 22h. Aos sábados, o brunch chega às mesas das 10h30 às 15h30, aperitivos das 15h30 às 18h e jantar das 17h30 às 22h. Já aos domingos, a rotina é a mesma do sábado, com uma exceção: a casa fecha às 21h.