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De NY a Porto: as melhores coisas para fazer em 2022, segundo a Time Out

A casa onde viveu e compôs Serge Gainsbourg, famoso cantor francês, se tornará o museu Maison Gainsbourg que exibirá preciosidades de seu acervo pessoal em Paris - Divulgação
A casa onde viveu e compôs Serge Gainsbourg, famoso cantor francês, se tornará o museu Maison Gainsbourg que exibirá preciosidades de seu acervo pessoal em Paris Imagem: Divulgação

De Nossa

21/12/2021 11h17

Apesar do atual movimento de retração do turismo devido ao avanço da variante ômicron do coronavírus, o ano de 2022 já tem diversas novas atrações programadas para estrear em diferentes destinos do mundo todo.

A "Time Out", publicação internacional especializada em turismo, elegeu as 22 propostas que prometem movimentar e, com sorte, reaquecer o mercado de viagens em 2022.

Confira a lista:

1. Ver de perto a sala de uma estrela da música: Maison Gainsbourg, Paris

A casa onde viveu, amou e compôs Serge Gainsbourg, uma das maiores estrelas da música francesa — ele está para a terra de Brigitte Bardot assim como Vinicius de Moraes está para o Brasil — se transformará em um museu.

O que quer dizer que será possível sentar no sofá de Serge, ver de perto seu piano e imensa coleção de esculturas, revirar suas gavetas — ao menos, as metafóricas — e conhecer um pouco mais do acervo pessoal histórico do cantor, que está fechado na casa onde ele viveu seus últimos 20 anos de vida desde 1991.

O projeto é liderado pela sua filha, a cantora e atriz Charlotte Gainsbourg, e deve contar ainda com um bar em estilo art deco.

2. Assistir um show em uma arena nova: Liget, Budapeste

Com 100 "buracos" no design de seu teto projetado por Sou Fujimoto, além de exterior em vidro, a casa de música Liget permite a entrada de luz natural, além do som do vento nas árvores e do ambiente ao redor, que deve interagir e se misturar com as apresentações que subirão aos dois palcos, espaços de exibições e biblioteca.

Mantida através de energias renováveis, a nova arena é parte do projeto de renovação da parte histórica da cidade, que contará em médio prazo com um novo museu de etnografia, segundo a revista.

3. Conhecer Coco Chanel através de suas roupas: Exposição Fashion Manifesto, Melbourne

A Galeria Nacional de Victoria, na Austrália, exibe até 25 de abril a exposição dedicada à vida e ao trabalho histórico de Gabrielle, ou melhor, Coco Chanel. O país é o primeiro a exibir este material que antes havia sido exposto apenas pelo Palais Galliera, em Paris.

Mais de 100 peças criadas por Chanel são parte do acervo, que ainda conta com material multimídia para explicar sua influência na moda e na beleza mundiais.

4. Ver uma exposição de flores única que só acontece a cada 10 anos: Floriade, Almere

A exposição de flores e horticultura Floriade é rara justamente por causa de suas enormes proporções. Em 2022, ela volta a ocupar a cidade holandesa de Almere a partir de 14 de abril com a proposta de discutir como criar cidades mais verdes.

Além dos muitos pavilhões e arboreto, haverá um complexo de estufas e programação de arte e cultura espalhadas por espaços temáticos montados por 40 países, que oferecerão workshops, música ao vivo e até passeios de bondinho.

5. Descobrir diretores negros que revolucionaram o cinema: Exposição Regeneration, Los Angeles

Programada desde 2018 para a inauguração do Museu da Academia do Oscar, esta exposição deve se dedicar a uma retrospectiva de mais de um século, recuperando e contando a trajetória de nomes importantes para o cinema que, por serem negros, foram muitas vezes deixados de lado pela História.

O projeto é uma parceria com outro museu, mantido pelo Smithsonian, em Washington — o Museu Nacional da História e Cultura Afro-Americana — e deve abrir ao público no segundo semestre de 2022 sob a consultoria dos diretores Ava DuVernay e Charles Burnett.

6. Vasculhar um museu de enormes proporções: Museu Nacional da Noruega, Oslo

Com inauguração prevista para junho de 2022, este museu deve ser tornar o maior nos países nórdicos, com uma coleção de mais de 100 mil artefatos. Seu acervo incluirá da tapeçaria norueguesa de 1150 ao célebre quadro "O Grito", de Edvard Munch.

Sua cobertura de 2.400 metros quadrados, com mármore e vidros, trará luz para o ambiente e deve destacar as obras expostas de maneira sustentável, como é sua proposta: baixa pegada de carbono e eficiência energética.

7. Espiar atrás das cortinas dos musicais: Museu da Broadway, Nova York

Também previsto para junho, o Museu da Broadway promete ser o primeiro a se dedicar ao mundo dos musicais. Dividido em três partes, ele deverá fazer os visitantes mergulharem na história de como os espetáculos migraram pela cidade até atingir a região da Times Square em um primeiro salão com mapas e material multimídia.

Em seguida, será possível conhecer o desenvolvimento da indústria através de uma exposição de artefatos históricos já usados nos palcos e, por último, haverá uma área de bastidores que retratará a trajetória dos principais artistas.

8. Curtir a casa noturna mais remota do mundo: Detour Discotheque, Fiordes Ocidentais

Esta é para quem sempre quis saber como é uma festa no fim do mundo. Situada em uma vila de pescadores nos fiordes islandeses, a casa noturna Detour se dedicará a promover a música disco — com direito a globo de espelhos — dos anos 70, especialmente a cena nova-iorquina, por tempo limitadíssimo: entre 29 e 30 de abril.

A capacidade da casa é de 160 pessoas — ideal para quem prefere um clima mais intimista — e contará com um line-up de DJs locais, além de americanos e britânicos que comandarão a trilha das noites.

9. Reservar uma peça no novo teatro-ostentação do momento: Centro de Artes Cênicas de Taipei, Taiwan

Outra atração prevista para o verão 2022 do hemisfério norte, entre junho e setembro, este megacentro artístico custou um investimento de 5,4 bilhões de dólares taiwaneses, cerca de R$ 1,1 bilhão.

Anexo a uma estação de metrô, é uma construção imponente, com três teatros com capacidade total para 3.100 pessoas. Cada um deles será ligado por passarelas com janelas que darão a pontos recônditos da construção e que poderão ser explorados pelo público.

10. Refazer a Rota da Seda de trem: de Tashkent a Khiva, Uzbequistão

Parte da rota de comércio da seda que teria sido realizada por Marco Polo no século 13 foi recuperada no Uzbequistão recentemente por obras de revitalização das paisagens e construção de uma linha de trens de alta velocidade. Ela ligará a badalada capital Tashkent à pequena Khiva, cidade que é Patrimônio da Unesco por suas belas 94 mesquitas e 63 madraças, os centros de estudos religiosos da região.

Um museu de artes nacional e outro dedicado exclusivamente à rota também deverão abrir no próximo ano, oferecendo mais pontos a explorar nas paradas.

11. Embarcar no mundo do escritor Hans Christian Andersen: Casa de H.C. Andersen, Odense

A casa do autor de "A Pequena Sereia" e da "Rainha de Gelo" — que inspirou "Frozen", da Disney — se tornou um museu interativo com com interpretações teatrais das famosas histórias, além de espaços para brincadeiras para as crianças e uma rica arquitetura que deve impressionar também os adultos que visitarem o local, a 90 minutos de Copenhague de trem.

12. Aproveitar um festival de música de 11 dias: Primavera Sound, Barcelona

Caso a ômicron permita, um line-up diverso, que contará com The Strokes, Dua Lipa, Gorillaz, Pavement e Tyler the Creator, deverá agitar a cidade espanhola em junho.

Além disso, festas à beira-mar, shows extras e as belezas naturais da região da Catalunha prometem atrair milhares de turistas para os 11 dias de diversão.

13. Experimentar o espetáculo imersivo mais extremo do mundo: The Burnt City, Londres

Entre 22 de março e 28 de agosto, o grupo de teatro alternativo Punchdrunk deve trazer seu novo espetáculo, "The Burnt City" ("A Cidade Queimada", em tradução livre) à capital britânica, ocupando dois antigos prédios de arsenais militares com uma adaptação de duas tragédias gregas dos tempos da Guerra de Troia.

14. 'Flodar' o feed do Insta em uma exposição multicolorida: Color Factory, Chicago

Mix de exposição com museu itinerante, a Color Factory — que já diverte visitantes em Nova York — chegará a Chicago, prometendo trazer diversão à sisuda Willis Tower.

Instalações anteriores contaram com salas cor-de-rosa com referências a doces e piscinas de bolinhas inspiradas pela NASA, mas uma releitura movida pela identidade da nova cidade deverá surpreender os visitantes.

15. Visitar o primeiro parque temático do Studio Ghibli do mundo: Ghibliland, Nagoya

Ainda envolto em mistério, o parque temático dedicado ao universo dos filmes "A Viagem de Chihiro", "Princesa Mononoke" e "Meu Amigo Totoro" deverá estrear dentro do Parque de Exposições Aichi, em Nagoya (a cerca de três horas de trem de Tóquio) no outono do hemisfério norte, entre setembro e dezembro de 2022.

Segundo a Time Out, haverá cinco áreas temáticas com diversos brinquedos, lojas, exposições, jardins e eventos para fãs do trabalho dos estúdios, como já acontece no Ghibli Museum, em Tóquio.

16. Assistir a "O Fantasma da Ópera" em um local dramático: Porto de Sydney, Austrália

Depois de (muitas) temporadas de sucesso em Nova York e, mais recentemente, em Londres, o clássico musical ganhará a Ópera de Sydney de frente ao porto entre 25 de março e 24 de abril.

Sua direção ficará a cargo de dois dos diretores teatrais de maior proeminência no país, Simon Phillips e Gabriela Tylesova.

17. Cruzar a Europa de trem: Regiojet, de Praga e Bruxelas

Pensado como trem-dormitório, o novo Regiojet leva viajantes por 800 quilômetros entre Bruxelas, capital dos amantes de cerveja e waffles ao leste, em Praga, na República Tcheca. Esta é a maior extensão de um trem que cruza o continente durante as noites e que permite que os turistas descansem e explorem múltiplos destinos ao mesmo tempo com comodidades como wi-fi e café da manhã.

Entre as paradas inclusas estão Dresden e Berlim, na Alemanha, e Amsterdam, na Holanda.

18. Fazer o tour pelos estúdios de "Game of Thrones": Belfast, Irlanda do Norte

A partir de 4 de fevereiro, fãs da série da HBO poderão conhecer Westeros (e Essos) em um tour oficial pelos sets nos arredores de Belfast, na Irlanda do Norte.

Será possível ver, em primeira mão, peças, cenários, figurino e as paisagens que inspiraram a luta pelo Trono de Ferro. Haverá também uma loja para levar uma lembrancinha temática para casa.

19. Conhecer os tesouros de Tutancâmon: Grande Museu Egípcio, Gizé

Com a pretensão de ser o maior museu do mundo dedicado a uma só civilização, o Grande Museu Egípcio abrirá ao público em novembro de 2022 com cerca de 50 mil artefatos em exibição, incluindo todas as 5 mil peças do tesouro funerário do faraó Tutancâmon exibidos simultaneamente em um só lugar pela primeira vez.

Um investimento de cerca de US$ 1 bilhão, pouco mais de R$ 5,6 bilhões, foi feito para colocá-lo em competição direta com o Louvre, atualmente um dos maiores expositores do mundo de peças egípcias históricas.

20. Descobrir uma joia cultural no coração da Europa: Novi Sad, Sérvia

Novi Sad, a segunda maior cidade da Sérvia, se tornará a Capital Europeia da Cultura de 2022, uma celebração que contará com 1.500 eventos, entre exposições, apresentações, degustações e mais. Cerca de 4 mil artistas participarão do ano de ouro para o destino de rica arquitetura, que terá muito a oferecer aos seus visitantes.

21. Explorar a beira-mar após a reforma: Istambul, Turquia

Além do Museu de Arte Moderna de Istambul, a beira-mar oferecerá também o recém-aberto Galataport, uma espécie de calçadão aos moldes turcos ao longo do Bósforo com lojas, restaurantes e cartões-postais antigos e contemporâneos.

Mostras de arte, bibliotecas, cinema e espaços de eventos devem conquistar os turistas.

22. Provar as delícias de um mercado português: Time Out Market São Bento, Porto

"Puxando a sardinha" para um empreendimento aprovado pela sua equipe, a Time Out destacou a importância dos mercados portugueses, onde se pode provar as delícias da gastronomia local e são sempre uma boa pedida para os visitantes.

Em 2022, a Estação São Bento, no Porto, ganhará um Time Out Market nos moldes daquele que já existe em Lisboa. O espaço de 2 mil metros quadrados deverá abrigar 15 restaurantes, quatro bares, quatro lojas, um café e uma galeria de arte.