Prefeitura do Rio de Janeiro lança projeto para atrair nômades digitais

Como antecipado pela reportagem de Nossa, a RioTur e a Prefeitura do Rio de Janeiro lançaram nesta quinta (1) um novo programa de turismo que incentiva a estadia longa de empreendedores e executivos que já não trabalham mais in loco.

Para estimular a escolha da cidade do Rio como base e aumentar o tempo de permanência desse público por aqui, mantendo a rotina de trabalho, a Riotur criou o site https://www.nomadesdigitais.rio/, onde estão reunidas informações sobre a infraestrutura de estabelecimentos do setor hoteleiro e de negócios que estão prontos para atender os nômades digitais. Até o momento, já são 56 hotéis, 14 hostels e 18 espaços de coworking cadastrados.

Viver de viajar

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A empresa também solicitou ao Conselho Nacional de Imigração a criação de um visto específico para a categoria, que fica entre o de turista e o de negócios.

A iniciativa, que promete colocar a cidade maravilhosa como o polo de nômades digitais da América Latina, não é pioneira. Lugares como Dubai e Ilha da Madeira lançaram campanhas parecidas para atrair turistas — ou melhor, moradores temporários.

Trabalhar e viajar

Impulsionado pela pandemia, o trabalho remoto passou a ser uma realidade e permite que funcionários levem o "escritório" para onde bem entenderem. Para o setor de turismo, severamente prejudicado pela covid-19, a modalidade surgiu como uma boia salva-vidas.

Hotéis, pousadas e imóveis de temporada registraram um aumento considerável em estadias prolongadas, no Brasil e no mundo, e passaram a oferecer um serviço conhecido como "resort office", termo que pode ser traduzido como "escritório de resort".

Ao passo que empresas perceberam que seus funcionários não perdem rendimento trabalhando em casa, a demanda e a oferta tendem a subir. O site Nomad List, principal portal sobre nomadismo digital, estima que até 2035 exista 1 bilhão de nômades digitais no mundo.

Daniela Maia, presidente da RioTur, afirma:

O nomadismo digital é uma tendência de comportamento mundial. Não tem volta. A relação das pessoas com o trabalho mudou em todo o planeta, permitindo que muitos decidam em qual cidade viver, independentemente de onde funciona a sua empresa".