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Turismo na Itália pode regredir meio século devido ao coronavírus

Garçom contempla falta de movimento em restaurante na Praça de São Marcos, em Veneza - Manuel Silvestri/Reuters
Garçom contempla falta de movimento em restaurante na Praça de São Marcos, em Veneza Imagem: Manuel Silvestri/Reuters

19/03/2020 14h06

A epidemia do novo coronavírus pode levar o turismo italiano em 2020 de volta ao volume de negócios em que se encontrava em meados dos anos 1960, afirmou hoje o sindicato de operadores turísticos Assoturismo.

"Mesmo imaginando uma solução rápida para a crise de saúde na Itália, o efeito da pandemia no mercado internacional e a confiança dos viajantes nos fará acabar o ano com uma redução de mais de 260 milhões de visitas (-60%) em relação ao ano passado", afirma o sindicato em seu site.

"O turismo italiano acabará o ano de 2020 com cerca de 172 milhões de visitas: um nível que registrávamos na metade dos anos 60 quando o mundo estava dividido em blocos (com a Guerra Fria) e quando as viagens de avião eram um luxo que poucas pessoas podiam se permitir", continua a Assoturismo.

O sindicato espera que haja "um retorno progressivo à normalidade em maio, mas não para o turismo".

"Podemos supor legitimamente que as fronteiras e as conexões internacionais permanecerão bloqueadas enquanto a pandemia não recuar pelo menos nos principais mercados turísticos estrangeiros, que podem se recuperar, na melhor das hipóteses, somente a partir de 2021", estima.

O novo coronavírus causou mais de 9 mil mortes desde dezembro, segundo um balanço da AFP realizado com base em fontes oficiais.

A Itália é o segundo país mais afetado (2.978 mortos), depois da China (3.245 mortos), onde surgiu a epidemia.

Em todo o mundo há mais de 217 mil casos de contágio, detectados em 157 países e territórios.

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