Deixe a comida saudável mais atraente para as crianças com estas 8 dicas

Ter um filho bom de garfo, que não nega nada, de brócolis a escarola, é o sonho de toda mãe. Mas em alguns casos a hora da refeição pode ser sinônimo de tortura. É preciso entrar em ação o quanto antes para tornar a comida mais atraente -- até mesmo antes de a criança nascer.
“Quanto mais saudável e variada é a alimentação da mãe, mais ela já estará fornecendo diferentes estímulos ao filho, dos sabores que podem passar para o leite materno, ao aroma dos alimentos sendo preparados”, afirma a culinarista Pat Feldman, criadora do Projeto Crianças na Cozinha. Confira atitudes simples que podem ajudar o seu filho a amar os alimentos saudáveis:
1. Dê exemplo
Se você não tem o hábito de cozinhar, comer de forma saudável e variada dificilmente conseguirá isso do seu filho. Lembre-se de que as crianças são espelho dos pais e comece a mudança por você.
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2. Apresente os alimentos
Levar as crianças para passear na feira é sempre uma boa pedida -- mais do que o supermercado, onde a tentação dos produtos industrializados é mais forte. Ali ela poderá ter contato com diferentes variedades de frutas, legumes e verduras, temperos e ervas aromáticas. Estimule-a a conhecer suas cores, texturas, aromas e sabores. Desperte a curiosidade e torne o programa rotineiro.
3. Teste diferentes preparos
Antes de riscar um alimento de sua lista de possibilidades, apresente-o de diferentes formas: assado, cru, frito, cozido, frio, quente, em salada, em sopa, picadinho, inteiro, com molho, temperado só com limão ou com ervas variadas etc. Não desista na primeira tentativa e não tenha medo de cara feia. Tente descobrir o que incomoda, a cor, a textura, o sabor. Isso pode ajudar a recriar a apresentação e torná-lo mais agradável.
4. Não gosta mesmo? Tudo bem
É preciso estimular a experimentação, afinal, não se pode gostar do que não se conhece. Mas a criança tem direito a ter paladar próprio. Então não entre em pânico se seu filho não gostar de tudo. Se conseguir aumentar o repertório a ponto de os diferentes grupos alimentares estarem devidamente representados na alimentação dele, sinta-se vitoriosa.
5. Não imponha, negocie
“Tudo que é imposto e chato”, lembra Pat Feldman. Então faça a transição entre alimentos industrializados e saudáveis de forma lenta e gradual. Sugira trocas, substituições, experimentações de novas receitas e formas de preparo. “Se ele passar a comer espinafre, rúcula, agrião, tudo bem não gostar também de beterraba”, diz.
6. Envolva-os no preparo
Leve as crianças para a cozinha. Peça ajuda para lavar e descascar alimentos, preparar receitas de que elas gostem -- ainda que no começo seja hambúrguer e batata frita -- e comece a colocar a responsabilidade pela escolha e o preparo das comidas nas mãos deles. Peça sugestões e sugira trocas. Em vez de comprar biscoito, faça em casa, com elas. Caso o resultado não agrade, teste outra receita e transforme a busca pelo biscoito perfeito em uma brincadeira saudável. “A cozinha tem toda uma magia que encanta as crianças. E comer algo que você mesmo preparou tem outro sabor”, lembra a cozinheira Raíza Costa, autora do livro “Confeitaria Escalafobética”.
7. Deixe as brincadeiras com a comida para o fim de semana
Há quem aposte em criar bichinhos e pratos enfeitados com os alimentos para atrair a atenção das crianças, mas convenhamos que na correria do dia a dia isso é pouco viável. Melhor focar em um prato simplesmente colorido e com sabores variados e deixar as brincadeiras para o fim de semana, de preferência quando as crianças puderem participar do processo de criação.
8. Coloridos que alimentam
Um dos fatores que tornam os alimentos industrializados tão atrativos às crianças são suas cores artificiais. Mas é possível chegar a muitas delas de forma natural, adicionando ainda dose extra de nutrientes às preparações. Caso da beterraba, um dos corantes naturais mais potentes e conhecidos, da amora, do espinafre e da cenoura, que podem ser facilmente acrescentados ao arroz, ao purê, ao leite etc. Mas é preciso modular as expectativas. “As cores não ficarão tão intensas quanto a dos corantes artificiais e podem ganhar novas nuances em altas temperaturas, por isso o ideal é acrescentar esses ingredientes sempre mais para o fim do preparo e trabalhar em baixa temperatura”, aponta Raíza, que usa o recurso para encantar a criançada com suas criações.
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