Quenianos homenageiam recordista da maratona Kiptum enquanto seu corpo retorna para aldeia natal

ELDORET, Quênia (Reuters) - Centenas de quenianos prestaram suas homenagens nesta quinta-feira, quando o corpo do recordista mundial da maratona, Kelvin Kiptum, que sonhava em quebrar a histórica barreira das duas horas da prova, foi levado para sua aldeia natal para ser enterrado.

Kiptum, 24 anos, e seu treinador Gervais Hakizimana morreram no início deste mês quando o corredor perdeu o controle do veículo que dirigia no Vale do Rift e bateu em uma árvore. O relatório do patologista disse que ele morreu em decorrência de ferimentos na cabeça.

Cantando hinos e de mãos dadas, quenianos acompanharam o comboio que levava o caixão de Kiptum, coberto com flores, ao sair de um necrotério na cidade de Eldoret, no oeste do Quênia.

O caixão foi aberto para ser visto na capital do condado local, a caminho do vilarejo de Chepsamo. O pai de Kiptum segurou o filho de 7 anos do falecido corredor, enquanto a detentora do recorde mundial feminino de 1.500 metros, Faith Kipyegon, segurou o rosto da criança entre as mãos.

Kiptum havia corrido apenas três maratonas, mas cada uma delas estava entre os sete tempos mais rápidos já registrados. Ele estabeleceu o recorde mundial na Maratona de Chicago em outubro, em duas horas e 35 segundos, superando os 2h01min09s do compatriota Eliud Kipchoge em 2022.

Kiptum esperava quebrar a marca de duas horas em Roterdã, em abril, e também esperava fazer sua estreia olímpica em Paris este ano, no que poderia ter sido seu primeiro confronto direto com Kipchoge.

O caixão viajará cerca de 80 km de Eldoret a Chepsamo, onde Kiptum trabalhou como pastor de gado antes de se tornar um corredor profissional. Ele será enterrado na sexta-feira.

Kiptum deixa sua esposa, seu filho de sete anos e sua filha de seis anos. O presidente do Quênia, William Ruto, ordenou a construção de uma casa para a família.

Seu treinador, Hakizimana, foi enterrado na quarta-feira em sua terra natal, Ruanda.

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(Reportagem de Simion Chepkwony)

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