Ex-chefe da Conmebol apela de decisão que autoriza extradição por caso Fifa
Nicolás Leoz, ex-presidente da Conmebol, apelou nesta segunda-feira da decisão de um juiz paraguaio de primeira instância que autorizou sua extradição aos Estados Unidos, onde enfrenta acusações de suborno ligadas ao escândalo de corrupção na Fifa.
O advogado do ex-dirigente, Ricardo Preda, pediu ao Tribunal de Apelações que anule a resolução do juiz Humberto Otazú, que dias atrás aprovou um pedido enviado pela justiça dos EUA em 2015.
Leoz, que tem 89 anos e foi presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol durante quase três décadas, é acusado juntamente com outros dirigentes e empresários de fazer parte de um esquema milionário de subornos por direitos de transmissão e comercialização de torneios.
A decisão "é infundada (...) solicitamos que a sentença seja declarada nula e também requeremos que o tribunal dite uma resolução rejeitando o pedido de extradição", disse Preda aos repórteres depois de apresentar o documento.
Preda fundamentou a defesa no fato de que o delito de suborno privado não é penalizado no Paraguai, mas o juiz Otazú explicou que sua decisão se amparou na figura da "quebra de confiança", que está contemplada nas normas locais.
Leoz está em prisão domiciliar desde que o escândalo surgiu, mais de dois anos atrás, mas tem autorização para receber tratamentos médicos fora de seu domicílio. Preda declarou que ele é acompanhado permanentemente por uma enfermeira devido a seu estado de saúde delicado.
A decisão do magistrado de autorizar a extradição coincidiu com o início de um julgamento de três dirigentes de alto escalão da Conmebol, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin e o sucessor de Leoz, o também paraguaio Juan Ángel Napout, em Nova York.
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