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Rival de Claudinha critica CABMMA após ser "ridicularizada" no UFC SP

23/11/2016 20h00

Para entidade, Casey teria simulado lesão após golpe de Gadelha - Cleber Yamaguchi

Para entidade, Casey teria simulado lesão após golpe de Gadelha – Cleber Yamaguchi

As polêmicas envolvendo o golpe irregular aplicado por Claudia Gadelha no combate contra Cortney Casey no UFC Fight Night 100, realizado em São Paulo no último sábado (19), parecem não ter fim. Em entrevista concedida ao site ‘MMA Fighting’, a americana se mostrou decepcionada com a repercussão do ocorrido, principalmente depois de um dos diretores da CABMMA (Comissão Atlética Brasileira de MMA) acusá-la de ter fingido ser atingida pelo ‘tiro de meta’ e apontar falta de espirito esportivo da atleta.

A americana era amplamente dominada no combate até receber o chute na cabeça enquanto estava no chão, o que caracteriza o golpe ilegal e gerou a interrupção por alguns minutos. Após a luta, iniciou-se um questionamento sobre o fato do golpe ter de fato atingido a atleta ou não. Foi então que Cristiano Sampaio, diretor de operações da CABMMA, enviou um comunicado ao mesmo site desaprovando a atitude da atleta, o que aparentemente deixou Cortney desapontada.

“Nunca em um milhão de anos eu imaginei que quando fosse ao Brasil seria ridicularizada por algo que não fiz de errado. Eu só consigo imaginar o que Ronda passou, pela situação ridícula que ela viveu. Isso é patético, pessoas que nem sequer me seguem nas redes sociais estão indo lá só para xingar e ofender. Eu nem estou reclamando, estou suplicando”, contou a americana, se referindo ao massacre midiático sofrida pela compatriota após a derrota para Holly Holm, em novembro de 2015.

A atleta fez questão de deixar claro que não tentou se beneficiar da situação e que já está pronta para lutar novamente. Cortney se mostrou decepcionada também com a rival Claudia Gadelha, que de acordo como seu relato pediu desculpas pelo golpe ilegal logo depois do combate, mas que na primeira coletiva após a luta disse que o chute não atingiu a americana.

“Eu falei com ela, sem ressentimentos, e disse que a veria na Power MMA. E ela: ‘Oh, você treina lá?’. Expliquei que eu sou de lá e quando estou na cidade treino lá. E ele pediu desculpas por me chutar na cabeça. Meus treinadores estavam em volta e todos ouviram ela dizer isso”, relatou.

A academia Power MMA, por sinal, é o time liderado por Ryan Bader e que recentemente contratou Jair Lourenço, técnico de Claudinha e líder da Kimura Nova União, para comandar os treinos de chão. Essa foi a primeira vez que a atleta de 29 anos competiu no Brasil.