Rosamaria diz que tinha vergonha da altura: 'Eu me encontrei no esporte'
Destaque da seleção brasileira feminina de vôlei nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em que o Brasil ficou com a medalha de prata, Rosamaria, 1,85m, disse que tinha vergonha de sua altura e destacou que o esporte a ajudou a se sentir bem consigo mesma. Hoje, a atleta brinca que gostaria de ser ainda mais alta, o que lhe daria vantagem no vôlei.
"Por muito tempo eu não gostei de ter a altura que eu tenho (1,85m). Eram muitas limitações, era sempre a diferente. Por muito tempo eu não gostei e o esporte me trouxe esse reconhecimento. A partir do momento em que eu entrei no mundo do esporte e vi que ter a altura que eu tenho é legal, isso me ajudou bastante. Eu me encontrei, me senti bem comigo mesma. Hoje eu adoro e queria ser mais alta, me ajudaria bastante", disse Rosamaria em entrevista ao Altas Horas, da TV Globo.
"Tem aquele momento da adolescência em que você fica com vergonha dos colegas e tudo, mas cresci e, hoje em dia, eu adoro. (...) O vôlei chegou para mim, mesmo. Foi ideia dos meus pais. Comecei aos oito anos. É uma vida inteira dedicada ao vôlei. Minha irmã já praticava e eles queriam que eu praticasse algum esporte. E eu chorava no início, não queria. Não foi paixão à primeira vista", continuou.
Jeito explosivo como característica
Uma das características que mais chamou a atenção do torcedor brasileiro no jogo de Rosamaria foi o seu jeito explosivo. A atleta disse que tal qualidade não é novidade em sua carreira e pode ser vista também em suas atuações pelo Novara, clube que defende na Itália.
"Não tinha certeza de que ia entrar como entrei nas Olimpíadas, a gente nunca tem, mas quem me conhece, acompanha minha carreira, sabe que o jeito explosivo e a garra são características do meu jogo e eu acho que fazem diferença em um momento como uma olimpíada. Eu fico feliz de ter ajudado. A gente está preparada para ajudar a equipe em qualquer situação", disse.
"Quem vem do banco sempre entra no 'fogo', nunca entra em uma situação tranquila. A gente entra para tentar reverter algo. Então, fiquei feliz de poder ter ajudado. Foi muito verdadeiro tudo aquilo. Na Itália, eu também grito, falo italiano e tento passar essa energia para minhas companheiras. Acho que acreditar, querer mais que outro, essa energia pode fazer a diferença em um jogo", completou.
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