O Brasil conquistou hoje (25) as suas primeiras medalhas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, com um ouro, uma prata e dois bronzes na natação com Gabriel Bandeira, Gabriel Geraldo, Daniel Dias e Phelipe Rodrigues, começando mais uma edição do evento entre os primeiros do quadro de medalhas.
Em sua participação no UOL News Esporte, Alicia Klein afirma que as Paralimpíadas são a oportunidade para o torcedor brasileiro que gosta de ganhar, dado o fato de o Brasil ser uma potência paralímpica, mas também ajuda a chamar a atenção para temas importantes da sociedade, como a inclusão em um mundo onde 15% da população tem alguma deficiência.
"Do ponto de vista do desempenho dos atletas, para quem gosta de ganhar, Jogos Paralímpicos é o que há, o Brasil é uma potência, o Brasil tem estado regularmente entre os 10 países, no top 10, principalmente no atletismo e na natação, o Brasil varre e traz muita medalha, tem o maior nadador de todos os tempos, tem o homem mais rápido do mundo, eu acho que se a gente fala que nos Jogos Olímpicos tem muita história incrível, nos Jogos Paralímpicos especialmente", afirma Alicia.
"Traz também uma oportunidade de a gente falar sobre a questão das pessoas com deficiência, ontem na sequência da cerimônia de abertura o Sportv passou um vídeo muito bacana dos atletas falando sobre capacitismo, sobre a maneira de a gente se referir, os termos certos para a gente utilizar, parar de falar que o cara tem deficiência, mas é rápido, tem deficiência, mas superou. Não, ele tem a deficiência e ele é rápido, ele é incrível, a gente parar de separar as pessoas com deficiência. Acho que ajuda a trazer à tona e trazer para a discussão temas que são muito importantes, como a inclusão e a gente está em um momento importante de falar de inclusão nas escolas", completa.
A jornalista cita o movimento #Wethe15, que tenta utilizar o momento em que o mundo volta suas atenções aos Jogos Paralímpicos para falar da luta pelos direitos humanos e pelo fim da discriminação às pessoas que têm alguma deficiência.
"Se a gente puder usar esse gancho dos Jogos Paralímpicos para falar de 15% da população mundial que tem algum tipo de deficiência, tem uma campanha maravilhosa para quem quiser procurar, chama #Wethe15, nós os 15, para a gente parar de achar que nós somos todos muito diferentes e acho que os Jogos Paralímpicos trazem essa oportunidade incrível, além de um monte de medalhas que também é bom demais", afirma Alicia.
José Trajano ironiza o ministro da Educação, Milton Ribeiro, que disse que as crianças com deficiência "atrapalham" o ensino dos demais estudantes e de que não quer o "inclusivismo" nas escolas.
"Eu proponho que os atletas, não só que ganhem ouro, mas que recebam qualquer medalha, bronze, prata, enviem fotos deles segurando a medalha, com a medalha no peito para o ministro da Educação", afirma Trajano.
"Essa coisa que a Alicia falou é muito legal, se brasileiro gosta de vencer, é a hora de assistir, porque medalha não vai faltar nos Jogos Paralímpicos", conclui.
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