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Brasil estreia nas Olimpíadas com o futebol feminino diante da China

Seleção Brasileira feminina vence a Rússia em amistoso antes das Olimpíadas - Richard Callis/SPP/CBF
Seleção Brasileira feminina vence a Rússia em amistoso antes das Olimpíadas Imagem: Richard Callis/SPP/CBF

Colaboração para o UOL, em São Paulo

20/07/2021 14h00

A seleção feminina de futebol abre a participação do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio, na próxima quarta-feira (21), às 5h, contra a China, pela estreia do grupo F, em Miyagi. As jogadoras comandadas pela técnica Pia Sundhage buscam um inédito ouro olímpico para o futebol feminino brasileiro.

A treinadora sueca é um dos maiores trunfos em busca deste título tão almejado pela seleção. Contratada para comandar o Brasil em julho de 2019, Pia já disputou cinco Jogos Olímpicos e chegou à final em três deles, ganhando dois ouros com os Estados Unidos, em 2008 e 2012, e uma prata com a Suécia, em 2016.

Os Jogos de Tóquio podem marcar o fim de uma geração brasileira que fez história, e conquistou duas medalhas de prata, em Atenas-2004 e em Pequim-2008. Esta será a última Olimpíada de Formiga, que chega para a sua sétima disputa de Jogos Olímpicos, recorde absoluto entre atletas mulheres brasileiras.

Tóquio também pode ser a despedida de Marta, que tem 35 anos. Essa pode ser a última chance para duas das maiores jogadoras da história do futebol brasileiro conquistarem um título em um evento de importância mundial.

Em um grupo equilibrado e que tem a Holanda como a principal força, a partida contra a China promete já ser importantíssima para as brasileiras, tanto visando a classificação para a próxima fase, quanto já pensando em um futuro chaveamento nos confrontos eliminatórios.

O Brasil evoluiu bastante em alguns aspectos desde a chegada de Pia. Além de um entendimento tático mais maduro, um melhor preparo físico das atletas brasileiras garantem que as jogadoras chegam prontas para competir.

Apesar de algumas das partidas da seleção neste ano, como as contra Canadá e Estados Unidos, principalmente, preocuparem pela falta de criatividade e poucas chances criadas, a seleção feminina evoluiu no aspecto mental e na capacidade de disputar de igual para igual com as grandes favoritas.

Do outro lado, a China é uma das equipes mais tradicionais do futebol feminino e, com seis participações olímpicas, só deixou de participar dos Jogos de Londres, em 2012. A preparação para as Olimpíadas de Tóquio, no entanto, não foi fácil devido à pandemia da covid-19.

Inicialmente, os jogos do grupo da China no torneio qualificatório asiático estavam marcados para serem disputados em território chinês, no início de 2020. Com o avanço do vírus, as partidas foram levadas para a Austrália e as chinesas precisaram ficar isoladas em um hotel, sem treinar.

As chinesas só garantiram a vaga olímpica no abril deste ano, quando, no sufoco, venceram a série contra a Coreia do Sul e confirmaram a participação em Tóquio. Depois de vencer o jogo de ida por 2 a 1 e empatar o jogo de volta na prorrogação, o time chinês conquistou a sexta participação em Jogos Olímpicos.