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Seleção olímpica: como Jardine pode repor Pedro e Gerson e fechar elenco

André Jardine, técnico da seleção brasileira olímpica - Lucas Figueiredo/CBF
André Jardine, técnico da seleção brasileira olímpica Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Igor Siqueira

Do UOL, no Rio de Janeiro

01/07/2021 17h55

O técnico André Jardine e a CBF têm um quebra-cabeça para montar, um dia antes da data final para o envio da lista definitiva dos convocados à seleção brasileira para o torneio olímpico de futebol, em Tóquio.

À mesa estão quatro vagas adicionais que a Fifa concedeu às seleções. Além disso, o Brasil precisa preencher as lacunas deixadas pelo atacante Pedro e o meio-campo Gerson, que não foram liberados por Flamengo e Olympique de Marselha, respectivamente. Em relação às quatro vagas adicionais, elas vieram porque a Fifa "promoveu" os quatro nomes que iriam compor a lista suplementar.

Na seleção feminina, o espaço foi preenchido facilmente e sem mistérios, já que a técnica Pia Sundhage já tinha anunciado os nomes que ficariam de stand-by: a goleira Aline, a lateral Leticia Santos, e atacante Giovana Costa e a meia-atacante Andressa Alves. Na seleção masculina, Jardine não anunciou o quarteto da lista suplementar. E, com esses quatro, precisa bater o martelo a respeito de seis nomes.

Pelo regulamento feito pela Fifa, necessariamente um dos quatro nomes da ex-lista suplementar precisa ser um goleiro. A entidade, inclusive, vai esclarecer essa necessidade em uma circular que enviará para as associações nacionais, já que a dúvida surgiu entre os participantes da competição.

Para Tóquio, Jardine já convocou Santos, do Athletico, um dos acima de 24 anos, e Brenno, do Grêmio. Na data Fifa que antecedeu a convocação final para Tóquio, ele chamou ainda Cleiton, do Red Bull Bragantino e Gabriel Brazão, que estava no Oviedo (ESP).

Depois de sacramentar o goleiro, escolher um meia para substituir Gerson e um atacante para o lugar de Pedro, Jardine tem outros três espaços no grupo para preencher.

Em tese, ele trará mais um zagueiro, pois chamou três, um lateral-esquerdo, já que no grupo atual só tem um, e um jogador que atua do meio para frente. A CBF não tem mais tempo para chamar alguém que não será liberado pelo clube de origem. Logo, a negociação já está em curso para encontrar esses nomes disponíveis.

Tanto na pré-lista de 50 nomes quanto na data Fifa passada, o lateral-esquerdo que apareceu foi Abner, do Athletico. Ele, então, aparece como favorito. Na zaga, a disputa é mais abrangente e tem clubes europeus envolvidos. Luiz Felipe (Lazio), Ibañez (Roma) e Vitão (Shakhtar) foram lembrados recentemente por Jardine. A última vaga fica ainda mais indefinida. O técnico trabalhou recentemente com Evanílson (Porto) e Gabriel Martinelli (Arsenal), por exemplo.

Para a lateral direita, por exemplo, Daniel Alves foi chamado, sendo mais um acima de 24 anos, mesmo sem estar na pré-lista. Isso indica que o leque de opções da CBF pode extrapolar a relação inicial remetida à Fifa e ao Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos.