Com país em vantagem, Rio recebe volta do UFC em clima de Brasil x Resto do Mundo
Depois de 13 anos, o UFC está de volta ao Brasil e escolheu o berço do MMA para realizar sua edição de número 134. No Rio de Janeiro, a maior competição de artes marciais mistas do mundo levará ao octógono grandes nomes do esporte e, com 14 lutadores do país envolvidos, o clima será de Brasil contra Resto do Mundo. O evento também poderá manter a hegemonia de brasileiros lutando contra gringos.
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Anderson Silva (BRA) x Yushin Okami (JAP) Meio-pesados Forrest Griffin (EUA) x Mauricio Shogun Rua (BRA) Pesados Rodrigo Minotauro (BRA) x Brendan Schaub (EUA) Leves Edson Barboza (BRA) x Ross Pearson (ING) Meio pesado Luiz Cane (BRA) x Stanislav Nedkov (BUL) |
David Mitchell (EUA) x Paulo Thiago (BRA) Erick Silva (BRA) x Luis Ramos (BRA) Dan Miller (EUA) x Rousimar Palhares (BRA) Felipe Arantes (BRA) x Yuri Alcantara (BRA) Yves Jabouin (CAN) x Ian Loveland (EUA) Raphael Assuncao (BRA) x Johnny Eduardo (BRA) |
- As lutas do card preliminar começam às 19 horas, com transmissão do canal em pay-per-view Combate. O card principal terá início às 22h, e será transmitido também pela RedeTV!. (Foto: Guilherme Cruz/Tatame)
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- TORCIDA HOSTILIZA GRINGOS DURANTE PESAGEM
Desde o início do Ultimate, em 1993, os lutadores do país já fizeram 357 combates contra estrangeiro, conseguindo 186 vitórias, com um aproveitamento de resultados positivos de 52%.
“Isso vai ser como um Brasil x Argentina do futebol dentro do Maracanã”, comparou Anderson Silva. “Treinei muito para dar um grande show para a torcida brasileira nesse evento.”
Se o levantamento for feito apenas entre os brasileiros que estarão no card do UFC Rio, a vantagem é ainda maior e chega a 62% de aproveitamento, sendo 44 lutas contra gringos e 26 vitórias, com o diferencial que faz o Spider, com dez lutas e dez vitórias ante estrangeiros.
Para Maurício Shogun, ter o apoio da torcida brasileira pode fazer diferença para os lutadores do país.
“É muito bom poder lutar no Brasil, ao lado da minha família. Com certeza será uma motivação muito grande poder contar com o carinho dos torcedores da casa.”
Os estrangeiros evitam entrar nesse clima, mas sabem que será mais complicado lutar com uma grande torcida contra.
“Não é todo mundo, é só a cidade toda do Rio, com algumas milhares de pessoas”, brincou Forrest Griffin, rival de Maurício Shogun. “Mas é compreensível. Nos Estados Unidos aconteceria a mesma coisa.”
“Para mim é uma honra lutar onde o MMA começou. Claro que espero hostilidade, mas não ligo muito para torcida quando entro no octógono” completou o norte-americano Brendan Schaub, que terá pela frente o brasileiro Rodrigo Minotauro, considerado uma lenda do esporte.
Pelo fim do preconceito com o MMA
Apesar de as origens da modalidade estarem no Brasil, os lutadores do país ainda se ressentem com o preconceito que encontram com as artes marciais mistas. Para eles, essa volta do UFC pode ajudar o esporte a ser mais reconhecido.
“O que as pessoas não ver é um verdadeiro show, um esporte de alto nível. Depois de sábado, tenho certeza que vamos acabar com o preconceito com o MMA”, previu Shogun.
“Essa é uma oportunidade que estamos tendo para mudar os heróis de um país e não podemos desperdiçar uma chance dessas.”
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