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Brasil luta contra nervosismo por vitória histórica e top 4 do handebol

Seleção brasileira feminina de handebol comemora vitória sobre a Holanda - Darko Vojinovic/AP
Seleção brasileira feminina de handebol comemora vitória sobre a Holanda Imagem: Darko Vojinovic/AP

Do UOL, em São Paulo

18/12/2013 06h00

Tetracampeão dos Jogos Pan-Americanos, de forma consecutiva. Quatro participações seguidas em Jogos Olímpicos, quase sempre com resultados melhores em cada edição. Mas falta ainda a chance de disputar ao menos uma semifinal em uma grande competição. É em busca desse objetivo que a seleção brasileira feminina de handebol encara a Hungria, nesta quarta-feira, às 14h30 (horário de Brasília), em Belgrado na Sérvia.

A evolução da equipe feminina nos últimos dez anos é evidente. No Mundial de 2003, o time foi apenas o 20º colocado na Croácia. Já no último, no Brasil, em 2011, foi o quinto. Em sua primeira Olimpíada, em 2000, ficou na oitava colocação. Em Londres-2012 subiu duas posições e venceu várias potências, como Croácia, Rússia e Montenegro.

A chance de disputar a semifinal tanto em Mundial como em Jogos Olímpicos bateu na trave nas duas últimas vezes. Há dois anos, derrota amarga para a Espanha na prorrogação. Em 2012, liderou boa parte do jogo contra a Noruega, nas quartas, mas levou a virada no fim diante da equipe europeia, que ficaria com o ouro naquele torneio.

Agora, a chance de pela primeira vez ficar entre os quatro primeiros colocados do Mundo passa por uma vitória diante da Hungria. O adversário já é conhecido, vide que o Brasil venceu o rival dentro de sua casa, em um torneio preparatório para o Mundial, 28 a 26, na Prevident Cup, há cerca de 20 dias.

“A Hungria tem um ataque muito bom. É um ponto positivo para mim conhecer algumas delas muito bem. Sei os pontos fortes delas e vamos ver se vai dar certo. Contra a Sérvia tentamos fazer isso, que era marcar bem as principais jogadoras delas e conseguimos. Vamos tentar isso para esse jogo também”, falou a armadora Duda Amorim, que joga no handebol da Hungria, no Gyor.

O grande adversário para o Brasil pode ser o nervosismo. Nas oitavas de final, contra a Holanda, o time errou muito diante de um rival mais frágil tecnicamente e se complicou na partida vencida por 29 a 23. As jogadores reforçam que a repetição do fato pode  fazer ruir o sonho de uma semifinal.

“Estamos confiantes por estarmos jogando bem. Na última partida não jogamos o nosso máximo, por causa do nervosismo. Temos que controlar um pouco isso. Como é um duelo de mata-mata, isso acaba acontecendo. É natural. Acho que se tivermos um pouquinho de tranquilidade, vamos deixar a confiança fluir. Precisamos de muita coragem para esse jogo”, falou Duda.

“Agora, todos os jogos serão tensos, porque não se pode perder. Nosso objetivo é tentar uma medalha. Temos que trabalhar para o nervosismo não atrapalhar”, endossou a central Mayara Moura.