Anistia Internacional diz que trabalhadores de serviços na Copa do Catar estão correndo riscos
Em uma reunião realizada nesta segunda-feira (15), a Anistia Internacional entregou à Fifa uma petição com mais de 280 mil assinaturas pedindo ajuda aos trabalhadores de serviços da Copa do Mundo do Catar. Para a entidade que defende os Direitos Humanos, os funcionários correm riscos no setor e diversos direitos trabalhistas estão sendo violados pelo país-sede.
O documento foi entregue pela diretora da organização não-governamental, Alexandra Karle, e pede que a Fifa faça medidas que melhorem os direitos trabalhistas dos imigrantes. De igual maneira, que influencie o Catar a execute as reformas trabalhistas antes da Copa.
Em entrevista ao 'ge', Laith Abu Zeyad, que é representante do grupo de direitos para os trabalhadores imigrantes, disse que a responsabilidade de reduzir as ameaças aos direitos e, também, de implementar um plano para assegurar que os funcionários sejam pagos adequadamente, tenham tratamento justo e não sejam explorados.
- Como organizadora da Copa do Mundo, a Fifa tem a responsabilidade de acordo com os padrões internacionais de mitigar os riscos de direitos humanos decorrentes da Copa do Mundo e deve implementar um plano de ação robusto para garantir que os trabalhadores migrantes em todos os setores associados à Copa sejam pagos adequadamente, tratados de forma justa e livres do controle de empregadores exploradores - declarou Laith.
A Fifa também é acionada para assumir a responsabilidade de garantir que os prejuízos sofridos pelos trabalhadores sejam solucionados juntamente ao Comitê Organizador Local da Copa.
Além disso, a Anistia apurou que diversos funcionários continuam sem receber salários por meses, são impedidos de trocar de emprego e não é autorizado a criação de sindicatos para a defesa de seus interesses coletivos. E, ainda, suspeitam de muitas mortes sem investigação e compensação para as famílias.
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