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Apesar de tensão e críticas, gestão do Corinthians tem as contas aprovadas

28/04/2017 05h00

Por 103 votos a 35 e 136 a 2, os membros do Conselho Deliberativo do Corinthians aprovaram, na noite desta quinta-feira, as contas do clube em 2016 e também o orçamento para a atual temporada, respectivamente. Apesar da votação que evitou mais uma ameaça de impeachment ao presidente Roberto de Andrade, a reunião do órgão ocorreu sob clima tenso no Parque São Jorge, e com a promessa de diversos opositores de buscarem esclarecimentos sobre os números exibidos aos conselheiros.

A votação das finanças já havia sido adiada em duas oportunidades e ocorreu próxima à data-limite, que é justamente o fim de abril segundo a Lei Pelé - no fim de semana, o clube divulgará os dados de maneira formal em algum jornal de grande circulação. A proximidade do período obrigatório de aprovação das contas, aliás, é a causa da maior parte da reclamação de opositores.

Isto ocorre porque os pareceres do Conselho Fiscal, do Conselho de Orientação e de uma auditoria independente referente às contas de 2016 só foram apresentadas à presidência do Conselho Deliberativo cerca de 1h30 antes da reunião em que haveria a votação. Para os oposicionistas, o procedimento foi feito às pressas e sem o devido cuidado.

Segundo a peça apresentada pelo diretor financeiro do Corinthians, Emerson Piovezan, o clube obteve receita recorde em 2016: R$ 458 milhões (R$ 434 milhões líquidos), valor incrementado por novo contrato de direitos de transmissão de televisão e vendas de jogadores, mas reduzido pelo déficit no setor de esportes amadores e lucros menores que o planejado com patrocínios e programa de sócios. Assim, o superávit do Corinthians foi de R$ 31 milhões na última temporada e a dívida diminuiu em quase R$ 27 milhões (agora é de R$ 425,8 milhões).

Já a previsão orçamentária de 2017 inclui receita de R$ 265 milhões, potencializada pela venda de direitos de transmissão e mais patrocínios. A ideia de obter superávit passa por uma redução significativa de gastos, da ordem de 15% em todos os setores.