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Situação financeira do Fluminense "não é confortável", diz presidente

NELSON PEREZ/FLUMINENSE F.C.
Imagem: NELSON PEREZ/FLUMINENSE F.C.

15/12/2016 07h00

A diretoria do Fluminense trabalha com a possibilidade de reforçar o elenco com três ou quatro jogadores para a temporada de 2017. Estudando com a equipe montada para o ano que vem as deficiências e qualidades do grupo, Pedro Abad afirmou que o investimento feito pelo Flu "não será exagerado".

"O quanto podemos investir envolve outras questões e setores do clube. A situação do Fluminense, embora haja um certo equacionamento, não é confortável. Não faremos investimentos exagerados. Trabalhamos com algo entre três ou quatro atletas para suprir eventuais deficiências. Há clubes interessados em atletas nossos e uma entrada ou saída será compensada", afirmou o presidente Pedro Abad, antes de falar sobre o perfil dos reforços:

"Abel Braga já falou o perfil que queremos: um time com cara e intensidade de jogo. Esse tipo de atleta que buscamos. Queremos um time competitivo para brigar em todas as competições na parte de cima da tabela. É uma obrigação do Fluminense", disse.

O fato de a situação financeira do clube não estar confortável está ligada a três fatores em especial. Veja abaixo o que Pedro Abad falou sobre cada um deles.

OBRAS DO CT

No início deste mês, Pedro Antonio, VP de Projetos Especiais e responsável pela construção do CT, afirmou que as obras seriam paralisadas, ainda em 2016, por falta de verba. Apesar de inacabado, o complexo esportivo está adiantado em relação ao planejamento inicial, afirma Pedro Antonio, que dá nome ao CT.

Pedro Abad:

"O débito com o Pedro Antônio ainda não foi quitado. Isso será feito junto com outros débitos que o Fluminense tem. Estou fazendo uma análise financeira de todo o passivo do clube e vamos ter uma solução global para todos eles em conjunto. A partir do pagamento teremos condição de recomeçar as obras paralisadas momentaneamente até que seja resolvida a questão do contrato entre o Flu e o Pedro (Antonio).

O acordo prevê um limite de gastos. Não é que ele (Pedro Antonio)não queira fazer, ele não pode. Não falta muita coisa, resta pouco tempo de obra. Precisamos readequar o valor financeiro já desembolsado ao contrato que temos com o Pedro. A partir desse momento, as obras recomeçam."

MATERIAL ESPORTIVO

A parceria com a Dryworld não deu nada certo. Além de problemas com o fornecimento, o Fluminense não recebeu os devidos valores durante 2016, algo em torno de R$ 11 milhões. O clube, há meses, tenta a rescisão do contrato, e as negociações por um novo fornecedor de material esportivo estão em curso.

Pedro Abad:

"Temos conversas com três empresas. Buscamos uma empresa muito sólida, que não vá trazer novamente os problemas que ocorreram nos anos passados, além de uma proposta financeira interessante. Como será uma mudança, existe a necessidade de aprovar o novo uniforme e questões operacionais. Em janeiro ainda não será a nova fornecedora mas acredito que no Brasileiro o Fluminense já esteja vestindo o seu novo fornecedor."

PATROCÍNIO MASTER

O Flu joga sem um patrocinador master na camisa desde março, quando a rescisão com a Viton 44 foi acertada. Há conversas com a Caixa Econômica Federal desde 2015, e durante 2016 o Tricolor teve patrocínios pontuais da TCL e da Huawei, que negociaram com o clube, mas os acordos não aconteceram.

Pedro Abad:

"Temos conversas com duas empresas privadas e estamos aptos a receber patrocínio da Caixa. Trabalhamos nessas frentes e esperamos resolver isso da maneira mais rápida possível com valores condizentes com a camisa do clube."

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